Groundcast 01


Então o podcast ressurge das cinzas com uma nova proposta e um novo formato. Sim, este é o novo e mais poderoso podcast feito pela equipe e atende pelo nome de Groundcast.
Ele não tem mais um formato de programa de rádio, mas sim um programa voltado a discussões musicais, com muito bom humor e descontração. Por isto acompanhem.
Neste programa Fallen Archangel, fatherofpain, Anna Kamehama, André Kamehama, L.O.S. e linelefay discutem sobre pirataria e distribuição de conteúdo.

Contato: telperion_pendragon@yahoo.com.br

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Podcast Especial Sepultura


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Review: Die so Fluid - The World Is Too Big For One Lifetime



Não é à toa que o trio inglês Die so Fluid é uma das bandas que mais ganham nome no cenário rock/metal alternativo atual.

“The World Is Too Big For One Lifetime” é o terceiro álbum de estúdio e vem recheado de identidade. Os três instrumentos estão lá como antes e percebemos mais autonomia em cada um e que, ao mesmo tempo, soam como um conjunto bem mais harmônico do que nos trabalhos anteriores.  Grog, a bela vocalista que está também na capa do disco apresenta um vocal mais trabalhado e melhor explorado do que anteriormente, sem perder o peso e a atitude “rebelde” que são marcas do seu trabalho.

O álbum tem alguns destaques. “Figurine“ abre muito bem o disco e mostra que, apesar de ser a mesma banda, algo novo vem por aí. “Mercury”, faixa escolhida como primeiro single, é todo o espírito do Die so Fluid com bateria muito marcada, longo solo de guitarra e uma rebeldia característica. “The World Is Too Big For One Lifetime” é o novo estilo no trabalho da banda e está muito bem representado por essa faixa.  “Themis” mostra uma mistura inesperada de estilos e um vocal bem particular. 

A belíssima faixa escondida do álbum talvez seja a maior surpresa (agora nem tanto porque sabe que ela existe). Grog canta acompanhada apenas por um piano e faz uma balada que é sonoramente diferente de todo o resto do álbum, parece saída de um filme sombrio de fantasia e de alguma forma combina muito com a banda.

Mais uma vez o Die so Fluid apresenta um trabalho que cresce em relação ao anterior . “The World Is Too Big For One Lifetime” além de ser a consolidação e renovação de estilo do trio, mostra uma banda madura que, muito provavelmente, só irá melhorar.

Entrevista Holiness

Sem dúvidas uma das mais gratas surpresas no nosso cenário musical é a banda gaúcha Holiness. Com uma sonoridade que não fica presa a uma estética mais dark e nem a vocalista se prende a clichês já consagrados. A vocalista Stéfanie Schirmbeck nos concedeu uma entrevista, que vocês verão a seguir.

MGPodcast: Bom, vamos começar a entrevista. Em primeiro lugar, por que do nome Holiness? O que ele representa para a banda?
Stéfanie Schirmbeck: Holiness significa "Santidade", para a banda não há relação com a religião, essa palavra nos remete à transcendência do ser humano no sentido de superação, somos seres que se elevam intelectualmente e emocionalmente quando se dedicam a algo, seja nas artes, ou na filosofia, por exemplo.

MGPodcast: Conte-nos um pouco da história do grupo. De onde surgiu o interesse em montar uma banda, ainda mais numa cidade sem nenhuma tradição com rock e metal.
Stéfanie Schirmbeck: O "embrião" da banda foi formado em 2006, quando Cris e eu começamos a namorar. Mais tarde, em 2008 resolvemos gravar em uma demo o material que tínhamos, mas tudo aquilo precisava de uma reciclada, por isso convidamos o irmão dele, Fabrício, para trabalhar nos arranjos das guitarras, e o Hércules para trabalhar nas linhas do baixo.Na verdade Erechim tinha uma cena metal muito boa nos anos 90, e alguns de nós viveu essa época tão legal, que hoje infelizmente não existe mais.

MGPodcast: Como vocês definem o som da banda?
Stéfanie Schirmbeck: Definimos como um Metal contemporâneo, que é uma mistura de influências e estilos, pode ser?

MGPodcast: Como é a cena do Rio Grande do Sul para este tipo de música?
Stéfanie Schirmbeck: O metal não é tão forte, puxa mais para o rock inglês, ainda mais na capital,mas existem bandas muito boas, que representam muito bem o metal gaúcho no país.

MGPodcast: Comente suas influências musicais tanto na parte de composição musical como na parte de ideias.
Stéfanie Schirmbeck: Toda a banda ouve muito heavy, progressivo, hard rock, gothic metal e até pop rock. Tudo isso influencia na nossa musicalidade.

MGPodcast: De que falam as músicas?
Stéfanie Schirmbeck: Quanto às letras, gostamos de falar de dúvidas e angústias do dia a dia, dos obstáculos que enfrentamos e vencemos, enfim, coisas que todo mundo passa.

MGPodcast: Com o lançamento do disco BENEATH THE SURFACE, o grupo mostra que o cenário independente ainda é um local para excelentes ideias, contando com uma produção excepcional, muito acima da média. Como tem sido a aceitação deste disco?
Stéfanie Schirmbeck: Obrigada!!! O disco tem sido bem aceito, tanto pela mídia quanto pelo público, claro que como somos uma banda independente, às vezes enfrentamos alguns problemas como a distribuição, que no momento não chega a todos os estados do país, mas estamos muito satisfeitos com o retorno.

MGPodcast: E como se deu a produção deste primeiro disco?
Stéfanie Schirmbeck: O Cd foi gravado em um sítio no Rio Grande do Sul, o engenheiro de som foi Adair Daufembach e posteriormente foi mixado e masterizado na Alemanha pelo Tommy Newton, que já trabalhou com Helloween, Gamma Ray e Blind Guardian. Para nós foi como um sonho.

MGPodcast: Surgiu alguma proposta para o grupo nesse tempo?
Stéfanie Schirmbeck: Surgiu e ainda estão surgindo, à medida em que o nome da banda circula pelo mundo, mas nada que tenha sido concretizado, até pela crise da indústria fonográfica e decadência de selos menores É uma pena...

MGPodcast: Vocês têm contatos com outros grupos? Como que esses contatos ocorrem?
Stéfanie Schirmbeck: Sim, estão surgindo inclusive planos de fazer shows juntos, gostamos de conhecer outras bandas e aprender sempre. Agora em São Paulo isso está mais acelerado.

MGPodcast: Recentemente vocês se moveram para São Paulo, segundo consta uma entrevista no site Whiplash. Comentem as mudanças de ambiente, se elas foram boas e quais as expectativas que a banda tem.
Stéfanie Schirmbeck: Com certeza está sendo muito positivo, pois podemos ter contatos que antes não tínhamos, estudar e adquirir mais conhecimento como músicos e ampliar nossos horizontes. Em São Paulo é onde tudo acontece.

MGPodcast: Um ponto importante é lembrar que de uns seis anos para cá o número de bandas com mulheres assumindo a liderança ou pelo menos indo para o vocal tem crescido assustadoramente. Em diversos estilos temos a ascensão de gente como Alissa White-Gluz (THE AGONIST), Simone Simons (EPICA), Sara Noxx, além da revalorização de antigas musas, como a Doro. Mesmo assim o cenário musical, sobretudo dentro do metal/rock ainda é predominantemente masculino. Como você tem encarado esse mercado e como tem sido a repercussão do fato de uma mulher bonita estar à frente da banda?
Stéfanie Schirmbeck: Não posso reclamar!Acho que, apesar de hoje em dia ter muitas bandas com mulheres vocalistas, ainda assim é um diferencial, porém como houve outras antes abrindo caminho, tem um certo respeito que antigamente não havia. E não adianta só ser bonitinha.Tem que ter competência, senão você vira piada.

MGPodcast: Ainda no tema da outra pergunta, muitas destas vocalistas se tornam símbolos para os fãs e modelos para as meninas, como acontece com a Tarja Turunen e mesmo a Simone Simons. Você tem algum receio de se tornar referência para os seus fãs?
Stéfanie Schirmbeck: Acho que não, pois me tornei vocalista admirando outras mulheres. Não tem problema você se espelhar em alguém, desde que você não vire cópia dessa pessoa e tenha suas próprias ideias.

MGPodcast: Uma coisa que tem acontecido ultimamente é as bandas que tem vocalistas femininas adotarem um visual mais sombrio, quase romântico. No caso da banda, o visual é mais comum e mais sóbrio. Existe alguma motivação especial para isto?
Stéfanie Schirmbeck: Sim, existe. Legal você ter notado isso!! Como nossas letras não falam de castelos ou de fadas, e sim de coisas reais, por que não nos aproximarmos da realidade também visualmente?

MGPodcast: Dentro da cena metal existe um certo conservadorismo, onde os fãs muitas vezes rejeitam bandas que estejam no mainstream ou mesmo que mudem radicalmente o som, colocando elementos “proibidos”, como música eletrônica, por exemplo. Como vocês encaram esta questão?
Stéfanie Schirmbeck: Não creio que tenha importância, se o resultado final for consistente e agregar, sou totalmente a favor. Sou contra a banda soar "plastificada", totalmente sem identidade para poder vender. O fã de metal sente quando isso acontece.

MGPodcast: Quais são os planos para o futuro?
Stéfanie Schirmbeck: Agora que estamos em São Paulo, queremos fazer muitos shows pelo Sudeste e depois pelo Brasil.Nossa maior preocupação agora são os shows.

MGPodcast: Agora encerrando a entrevista, deixe uma mensagem para os fãs.
Stéfanie Schirmbeck: Gostaria de agradecer o apoio de todos e pedir que assistam aos shows da Holiness! Agora em São Paulo tocaremos dia 15/07 no Café Aurora. Esperamos vocês lá!

 
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