Review: The Birthday Massacre - Pins And Needles


Sem dúvida "Pins And Needles" é o fim do caminho que o The Birthday Massacre trilhou nos últimos trabalhos.
O novo cd da banda canadense traz uma síntese de tudo que deu certo para eles nos últimos tempos. As costumeiras passagens recheadas de sintetizadores e de uma atmosfera própria de “sonhos fofos e macabros” vêem acompanhadas de linhas de guitarra e bateria puxadas para o metal, junção de sucesso que a banda já mostrou no trabalho anterior e neste usa em maior escala.
Outra característica familiar do TBM que está muito presente no novo cd são os refrões grudentos que ficam na cabeça e fazem você ouvir a música inúmeras vezes seguidas, mas isso não é necessariamente ruim. Chibi parece que finalmente encontrou o lugar da sua voz em um equilíbrio entre agressividade e leveza.
"Pins And Needles" também é o nome de uma das faixas do disco que, não por acaso, é o ápice da combinação dos elementos citados e nos faz pensar que não há mais como a banda avançar ser fazer uma mudança drástica no próximo trabalho. Será isso ou uma infinita repetição do que já fez.
Mesmo sendo um trabalho que não inova muito e claramente é um aglomerado de experiências bem sucedidas, "Pins And Needles" é um álbum maduro, bem feito e mostra a evolução da banda. Há um equilíbrio bem pensado entre ‘peso metal’ e ‘leveza sintetizada’ que faz o álbum ser um daqueles que, principalmente se você já for fã, não vai te deixar cansado tão cedo.

O fim do Heathen Harvest

É, eu demorei para ver, mas tenho de comunicar que o grande site Heathen Harvest chegou ao seu fim.
Em uma nota publicada no site, o dono explica que chegou a hora de encerrar as atividades, por falta de tempo e de estutura para a equipe continuar. Além disto, faltava dinheiro à ele para empreender um projeto que esteve sempre em grande expansão.

Nós, da equipe, lamentamos muito o fim de um dos melhores webzines sobre música post-industrial/experimental. Que descanse em paz, Heathen Harvest.

A falência da industrial cultural


Nos últimos anos temos presenciado uma derrocada da indústria da cultura como conhecemos. Uma vez que nada se cria nem se transforma e muito menos se recicla, fica difícil de imaginar um futuro onde a ordem da vez é repetir o passado com a ideia primordial de dizer que se faz uma “releitura”.
Uma vez, ao ver o motivo do diretor do programa “Prêmio Multishow” ter se demitido me fez pensar no quanto precisamos ser mais críticos e menos manipulativos. A razão de bandas como Cine, Restart e outras fazerem sucesso é um somente: fórmula pronta.
Como resultado, temos sempre as mesmas coisas e as premiações, que deveriam se focar em músicos realmente talentosos e inovadores, acabam servindo como reforço para as pessoas engolirem sempre as mesmas porcarias aditivadas que todas as gravadoras empurram a você e a todos nós.
Ver um prêmio da MTV onde a Lady Gaga, que chama mais atenção pelas excentricidades do que pela qualidade de suas obras, ganha é de embrulhar o estomago e dar ulcerações fortíssimas no cérebro. É a corroboração de que não ter o que dizer e causar polêmica apenas por um sensacionalismo midiático é querer ser enganado e ficar feliz com isto. É querer dar um significado e uma dialética àquilo que não tem e querer um valor numa coisa cujo propósito é vender uma imagem.
Placebo cultural é o que vendem a todos nós. Só que ele não cura, de forma alguma, nosso vazio.

Mike Portnoy deixa o Dream Theather

Mike Portnoy, em nota publicada no myspace, fala sobre sua saída do grupo de prog metal. Leia a declaração do ex-baterista.

Confira a carta logo abaixo:

Estou prestes a escrever algo que nunca imaginei que fosse escrever:
Após 25 anos, decidi deixar o Dream Theater (banda que fundei, liderei e amei verdadeiramente por um quarto de século).
Para várias pessoas isto será um choque completo e também provavelmente será incompreendido por alguns, mas por favor acreditem que não é uma decisão impensada. É algo com o que vinha lutando desde mais ou menos o último ano.
Após ter experiências tão incríveis tocando com o Hail, Transatlantic e Avenged Sevenfold neste último ano, concluí tristemente que me divirto mais e me relaciono melhor com esses outros projetos do que tenho com o Dream Theater há algum tempo.
Por favor não me interpretem mal, amo os caras do DT de verdade e temos uma longa história de amizade que nos une profundamente. É que realmente acho que precisamos de uma pausa.
O Dream Theater sempre foi meu bebê e eu tomei conta desse bebê cada dia e momento da minha vida desde 1985 - 24 horas por dia, 365 dias por ano. Estar de férias com o DT não significa não ter responsabilidades (mesmo quando estávamos "parados")... sempre estive trabalhando e muito além do que a maioria das pessoas sãs fariam por uma banda.
Mas cheguei a conclusão de que a máquina DT estava começando a me desgastar e realmente precisava de uma pausa da banda com o intuito de salvar meu relacionamento com os outros membros e manter meu espírito do DT alimentado e inspirado.
Nós temos estado num ciclo de escrever/gravar/fazer turnês por quase 20 anos agora (em que eu tomei conta de CADA aspecto sem uma folga) e enquanto alguns meses têm sido muito necessários, eu honestamente esperava que o grupo pudesse simplesmente concordar comigo tendo uma espécie de "hiato" para recarregarmos nossas baterias e "salvar-me de nós mesmos".
Infelizmente, discutindo isto com os caras, eles determinaram que não compartilham dos meus sentimentos e decidiram continuar sem mim ao invés de dar um descanso. Eu até mesmo me ofereci para fazer alguns trabalhos ocasionais ao longo de 2011 (contra meus desejos iniciais), mas não era para ser...
Enquanto dói sinceramente para mim só de pensar em um Dream Theater sem Mike Portnoy (infernos, meu pai nomeou a banda!!), eu não quero ficar no caminho deles, então optei por me sacrificar e simplesmente deixar a banda para não segurá-los contra seus desejos...
Curiosamente, acabei de ler uma entrevista que dei recentemente em que me perguntaram sobre o futuro do DT e falei sobre "sempre seguir seu coração e ser fiel a si mesmo". Infelizmente, preciso dizer que neste momento em específico, meu coração não está com o Dream Theater... e eu simplesmente iria ignorar minhas emoções e NÃO seria fiel a mim mesmo se continuasse motivado por obrigação sem tirar as férias que eu senti que necessitava.
Desejo aos caras o melhor e espero que a música e o legado que criamos juntos seja curtido por fãs nas próximas décadas. Estou orgulhoso de cada álbum que fizemos, cada música que escrevemos e cada show que tocamos.
Sinto muito aos fãs do DT desapontados pelo mundo... eu realmente tentei salvar a situação e fazer funcionar. Eu realmente só queria uma pausa (não uma separação), mas felicidade não pode ser forçada e precisa vir de dentro.
Vocês, fãs do DT, são os maiores fãs do mundo e, como vocês todos sabem, sempre trabalhei duro por vocês e espero que continuem comigo na minha futura jornada musical, não importa aonde isso possa me levar - e como todos vocês conhecem minha ética de trabalho, com certeza não haverá escassez de projetos futuros do MP!
Infelizmente,
Seu destemido ex-líder e baterista,
Mike Portnoy

Confira a carta na íntegra clicando aqui .
Tradução original retirada do site do Whiplash.

Nós, do blog Musicground podcast, desejamos boa sorte em suas novas empreitadas.

Groundcast 2 - Fãs, Tr00s e outros bichos


Saudações ouvintes do Groundcast. Depois de uma grande demora Fallen Archangel, Dea Iana, Mcve666 e André Kamehama comentam sobre os fãs mais exaltados e autênticos de todos os tempos. Aqui os fãs serão esculhambadospelo excesso de zelo e de pedantismo na defesa de seus ídolos.

Comentado no programa
As aventuras do Uílame, o metaleiro
Ravenland
Noturna
Tomboy - It's OK2BGay



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REVIEW: Tristania - Rubicon

Somente uma palavra: diferente. Se é possível classificar este disco de qualquer coisa, antes de mais nada, diferente. Ainda sim inovador (dentro do que é possível para a banda) e com uma nova sonoridade.
Para quem espera algo próximo dos anteriores, é frustrante. Saem as orquestrações e os vocais sopranos para entrar a voz mais “comum” da Mary e um som que vai agradar em cheio quem gosta de bandas como Paradise Lost. Porque parece que certamente irão apostar neste ramo para a banda.
Tudo isto é, sem dúvidas, fruto das mudanças que a banda sofreu (e não somente com a saída da vocalista Vibeke Steine). Este fato já tornaria previsível (e por que não, necessária) uma alteração dentro da música do grupo. Alteração esta, inclusive, muito bem vinda.
O que mudou, de fato? Como mencionado, não temos mais um lado “symphonic” e sim algo mais conciso, sem exageros. É possível perceber um amadurecimento muito grande do Tristania aqui, uma banda mais coesa e mais harmônica, mesmo com as trocas de integrantes. A segunda mudança nítida é a falta dos vocais guturais. No lugar temos um masculino limpo, seguindo mais ou menos a mesma linha do Nick Holmes. A voz feminina tem um destaque muito grande, sem precisar daquela grandiloquência exagerada da Vibeke, o que mostra uma aposta muito maior dos demais integrantes. O resto da parte instrumental perdeu aquele lado death metal de antes, que já vinha acontecendo desde o Illumination. É talvez uma outra mudança bem vinda, uma vez que saturou ouvir grupos antigos da leva do Tristania que ainda se preocupam em repetir os mesmos elementos.
É uma tentativa ousada mudar assim a sonoridade. Só que isto também mostra que Rubicon é um disco maravilhoso e que merece ser ouvido diversas vezes.

 
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