Scorpions - Sting in the Tail


O fim da linha, a última parada da estrada. Essa é a definição já que é o último lançamento dos alemães. Será que faz jus ao legado desta, que é a maior banda que a Alemanha já gerou?
Raised on Rock é a canção de abertura do disco, que mistura elementos que consagraram a banda, como as dobras de guitarras e os vigorosos riffs, com uso de talk-box e efeitos mais modernos. É uma música com um ritmo interessante, um bem executado solo no fim da faixa e com grande potencial para ser single. Em seguida temos a faixa-título, que acentua a impressão passada pela anterior. Desta vez não há um solo e a duração mostra uma tendência desse disco, de músicas curtas. Slave Me prossegue a audição e também mostra um vigor peculiar e mantém o que foi observado nas músicas anteriores.
Eis que surge a primeira balada, The Good Die Young, que conta com a participação de Tarja Turunen, ex-Nightwish. É uma balada pesada, o que é uma grata surpresa. A introdução de violão engana, mas o que se ouve é aquilo que fez da banda de Hannover um dos ícones do Hard Rock mundial. A participação de Tarja é discreta, mas isso não representa um problema.
No Limit retorna ao ritmo anterior e não mostra nada de muito diferente das canções anteriores, o que é boa coisa. A próxima é Rock Zone, que nem parece ser uma música de uma banda tão rodada assim. Algum desavisado que não consiga reconhecer a característica voz de Klaus Meine diria que essa música é executada por alguma banda formada na última década, haja visto a sonoridade moderna, mas sem modismos. Lorelei é a segunda balada do disco, essa sim mais balada, na real concepção do termo. Tem a cara de uma balada do Scorpions, como Winds of Change.
Curiosamente é uma das músicas mais longas do álbum. Turn You On é a faixa seguinte, bastante inspirada. Sly é bem parecida com Lorelei, mais uma balada
pesada. Spirit of Rock mostra uma levada diferente das anteriores, o que não significa nenhum tipo de desvio do nível das músicas anteriores no quesito qualidade.
Chegamos ao fim, com The Best is Yet to Come, a balada a mais sossegada de todas. Ao atingirmos esse ponto algumas dúvidas surgem: Ouvindo esse disco e analisando o material, seria acertada a decisão de acabar com a banda? É difícil responder, pois eles poderiam continuar e fazer um trabalho similar a esse ou um outro Eye to Eye, então é algo meio relativo.
Há algum sinal de cansaço, falta de entrosamento ou algo que dê sinal de que a banda está no fim? Se não fosse o anúncio da banda, pareceria um lançamento normal, que seria seguido por uma longe turnê e o processo de composição se reiniciaria. A banda está bem entrosada e as músicas são bem executadas. Qual a palavra final sobre o disco? Bem, não é um novo Blackout ou Love at the First Sting, mas é um bom disco. É um fim digno para uma banda seminal como o Scorpions.

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