Podcast #31 - Especial Metallica

Bem, eu normalmente não sou muito de fazer podcasts especiais, ainda mais de uma banda só. Mas dessa vez eu abro uma exceção, até porque ele tem um valor muito grande para mim.
Eu dedico o programa à memória do meu grande amigo Renato. Onde quer que você esteja, espero que seja com Cliff Burton e dando risada, como você sempre fazia para nos alegrar.
Autor: Fallen Archangel
Setlist
The Four Horsemen
Creeping Death
Battery
To Live Is to Die
Sad but True
Until It Sleeps
Fuel
Covers
Destruction - Whiplash
Between the Buried and Me - Blackened
Scott D. Davis - Nothing Else Matters

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20 imagens para conhecer o estilo gótico

Você realmente acha que é só se vestir de preto ou colocar um vestidão antigo para parecer gótico? Então reveja seus conceitos. Selecionei vinte imagens que retratam bem como é o estilo gótico. Esqueça aquelça coisa exageradamente mórbida que as pessoas tendem a achar que é góico ou garotas em roupas "à moda headbanger": aqui temos muito mais que isso. Confiram.


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Fontes:Wave Gotik Treffen, Castle Party, M'era Luna
http://mizzd-stock.deviantart.com/
http://falln-stock.deviantart.com/
http://atistatplay.deviantart.com/
http://krueldulf.deviantart.com/
http://crow-stock.deviantart.com/

Review: PULCHER FEMINA - Darkness Prevails

 Uma coisa que impressiona nesse disco do projeto Pulcher Femina (Dama Delicada, em latim) é a qualidade sonora da produção. Muito superior ao disco anterior, Shadow of Lovers, lançado em 2002, ou seja, oito anos até o lançamento desse disco.

O que se nota de diferente é o apelo mais próximo ao synthpop, fugindo da estética mais “gótica” do disco anterior. A ausência de vocal feminino também é outra marca forte nesse disco, que conta apenas com a presença de Roberto Conforti, fundador do Pulcher. Isso talvez frustre alguns fãs mais antigos, sobretudo os que gostaram do disco anterior.

Talvez o mais próximo que se pode chegar em comparação seja os discos mais antigos do Assemblege 23, se tocarmos no quesito sonoridade. Tanto que faixas como “Light Deprivation” e “Grim Surroundings” trazem aquele lado mais synthpop/futurepop que não havia sido tentado antes. Essas músicas tem de tudo para ficarem na cabeça de quem ouve, sobretudo pelas belas melodias, dançantes e também melancólicas. Tem passagens que soam mais próximas do “darkwave”, como “Love You To Death” e “Out Of Control”, embora ainda estejam carregadas pelo synthpop.

Esse possivelmente é o melhor disco da carreira de Conforti, um synthpop feito para góticos ou para aqueles que gostam de um som mais introspectivo e sombrio. É indicado também para quem procura uma alternativa nesse meio eletrônico e gosta de músicas com uma carga passional muito grande, como demonstrado em “Darkness Prevails”.

Dez clipes para conhecer a música gótica


Para a maior parte das pessoas é difícil imaginar ou conseguir entender como esse tal de “gótico” funciona. Seja na forma visual, seja na forma musical, ainda hoje acontecem muitos erros em entendê-lo adequadamente. Por isso, nessa série de clipes, vamos abordar as músicas e os visuais que esse grupo (ou subcultura, como gostam de dizer) adora. Junto do clipe vem uma breve explicação sobre o mesmo.

The Cure - Pictures Of You


Muitas vezes você pode não entender que raios uma banda mais “pop” possa ter alguma coisa a ver com os góticos. Muitos se aproveitaram do estilo mais sombrio e dramático da banda como base visual para o gótico, sobretudo aqueles da década de 80. E as músicas do começo da carreira da banda, durante todo o período oitentista, são carregadas de melancolia e tristeza, coisa que fez e faz muito sucesso até hoje.

The Sisters of Mercy - Lucretia, My Reflection



Vocal soturno, jaquetão de couro, óculos escuros... não, não é o The 69 Eyes. Falo daqueles que inspiraram os finlandeses e muitas outras bandas que vieram depois. Talvez o gothic rock não fosse como conhecemos sem o The Sisters of Mercy. Toda a receita, que o Bauhaus começou, está aí: sons atmosféricos, letras depressivas e mórbidas, uso de música eletrônica via drum machine ( o Dr Avalanche) etc. Além disso o visual é meio que padrão para muito gótico até hoje e muitos associam o uso do preto também por conta dessa banda.

Bauhaus - Bela Lugosi's Dead


Cabelos espetados, roupa preta e antiquada? Quem começou com tudo isso foram os ingleses do Bauhaus. A música baseada num famoso ator de filmes de terror é o marco zero do gótico, onde tudo começou. Visualmente ainda são muito próximos do punk, mas com aquele ar mais sinistro, uma versão das trevas do glam do David Bowie.

Siouxsie and the Banshees - Cities in Dust




Falar de gótico sem citar essa banda é heresia. A sua vocalista, Siouxsie Sioux é influente para o lado feminino do gótico. E não somente nele. Muitas vocalistas, como a Shirley Manson, são de alguma forma influenciadas por esse lado mais perverso e dominador que a vocalista Sioux evoca.
Existe também um apego maior a poesias na música do grupo inglês, além de temáticas sado-masoquistas, usadas de uma forma bem mais provocativa e menos chocante.

Clan of Xymox- Jasmine and Rose



Para algumas pessoas os pais do darkwave. Para outras, um dos grandes expoentes do gothic rock e, posteriormente, do electro-gothic, em sua fase synthpop.
É uma banda que, quando mudou a sonoridade, dividiu os fãs do gênero. Os mais velhos não gostaram muito dessa roupagem mais “moderna” que eles adquiram. Os mais novos curtiram, até por ser um som bem mais dançante que o gothic rock que eles faziam antes.


Faith and the Muse - The Burning Season


Grupo bem conceituado na cena, com seu som que vai do ethereal ao gothic rock com extrema delicadeza. É uma banda que ainda guarda inúmeros traços de bandas dos anos oitenta e o visual deles é também fonte de inspiração para muita gente. O povo do medieval goth gosta muito dessa banda pelas marcas mais “medievais” nas temáticas que o Faith aborda.
Com o disco mais novo, o Ankoku butoh, eles ficam mais próximos do metal, sem perder, com isso, seus traços de música gótica.

Cinema Strange - Greensward Grey



Por mais que os deathrockers chiem, o estilo é gótico e pega diversos elementos glam do estilo. E o Cinema Strange vai pegar tanto no gótico quanto no punk referências para o aspecto visual. Sonoramente vai de encontro com o punk, da mesma forma que alguns grupos góticos da década de 80 faziam.

Strawberry Switchblade - Since Yesterday


Ao ver esse vídeo você deve estar se perguntando: Mais que caralhos tem a ver uma banda de pop com música gótica? É algo tão alegre, tão diferente, tão... colorido.
Isso é uma das provas que o gótico nem sempre é depressivo ou só escuta coisas melancólicas. Existem os perkies, que querem mais é se divertirem e não ligam nem um pouco para a seriedade de algumas pessoas da cena. Seja como for, o visual das mulheres da banda é gótico, muitas góticas se influenciam, de alguma forma, pelo visual e é um tipo de som que, para alguns, é aceitável.

London After Midnight – Shatter



Nos EUA um dos nomes fortes da cena gótica é o London After Midnight. Seja pelo apelo visual andrógino, seja pela música que evoca um lado mais “darkwave” ao rock, que se perdeu no último disco do grupo.
Antes que alguém pergunte, o vocalista é homem. Mesmo não parecendo, ainda é homem, mostrando um lado que muita gente de fora desconhece: a androginia.

BlutEngel - Vampire Romance


Existe ainda muita controvérsia com o dito “electro-goth” ou se isso é gótico de fato. Uma coisa é certa, o Blutengel faz muito sucesso justamente por abordar essa temática mais “vampírica” em seu visual e nas suas músicas, além de ser algo fácil de tocar em pistas de dança. Esse projeto também traz muita gente de fora, como headbangers, para a cena, mesmo sem querer. Em todo o caso, a parte visual e até mesmo de temáticas são comuns aos góticos de plantão.


BONUS TRACK

David Bowie



Sem ele, talvez nem o gótico existiria. Isso acontece por ser influente para diversos grupos, como o Bauhaus. Seu lado glam era muito diferente do que bandas como o New York Dolls fazia. Seja como for, ele é importante, de qualquer maneira, para os góticos.

E encerro esta lista dizendo que ela não é definitiva e muito menos a mais correta. É uma ideia visual-sonora daquilo que se tem como gótico. Diversas bandas, como Diary of Dreams, Nosferatu, Christian Death, The Mission Uk, Poesie Noire etc, também são importantes para o gótico. Esse texto é mais um guia para iniciantes e aqueles que gostariam de conhecer uma pontinha desse estilo.

Segundo álbum do projeto paralelo do vocalista do Finntroll será lançado em fevereiro



A banda Chtonian, liderada pelo vocalista do Finntroll Vreth, acaba de divulgar o nome de seu segundo disco, o The Preachings Of Hate Are Lord. Duas novas músicas podem ser ouvidas no myspace da banda.

Tracklist
1.Scoff at the Benign
2.You Should Be Ashamed of Yourselves
3.Might Makes Right
4.You Will Not Lie to Me, Christ!
5.As We Grow Horns
6.The Filthmonger
7.Oppose, Enlighten
8.The Preachings of Hate Are Lord

Fonte: Terrorizer
Tradução e adaptação: Fallen Archangel

Review: GUILT MACHINE - On This Perfect Day



Quem gosta dos projetos de Arjen Lucassen já deve ter notado que ele não fica parado. Após terminar (pelo menos por enquanto) seu projeto mais conhecido, o Ayreon, o músico está com um novo trabalho e , ao que tudo indica, é a realização de sua conhecida vontade de ter uma banda.

O Guilt Machine surge com "On This Perfect Day" lançado em 2009 e arranca elogios por todos os cantos. A obra tem todas as características de trabalho do holandês: riffs elaborados, sons "espaciais", vocal impecável, músicas longas divididas em movimentos e a ideia de som hipnótico que vemos muito no último cd do Ayreon, o 01011001. As diferenças que aparecem com este novo projeto estão no número limitado de participantes, um único vocalista (um novato no metal,  Jasper Steverlinck) e o foco das letras (todas escritas pela guitarrista da banda, Lori Linstruth) que sai da habitual "fantasia científica" e vai para sentimentos humanos como culpa, perda e autodestruição.

O álbum começa com Twisted Coil. No início percebemos sons metálicos conhecidos que remetem a naves mas,  ao mesmo tempo, temos uma percursão nova que funciona muito bem. O som segue calmo e confortável até que na metade da faixa tudo sai do lugar com a explosão de guitarras (lembra muito Ayreon no 01011001). Leland Street parece uma pessoa duas faces ou com mudanças bruscas de humor. Momentos de sons etéreos se revezam com guitarras estridentes e bateria pesada e são guiados pelo vocal versátil de Steverlinck.

Outra faixa que merece destaque é Season Of Denial. Quando começa promete ser a balada do cd com violão, teclado, percursão, vocal suave e um longo solo de guitarra. A faixa é divida entre antes e depois de um belíssimo solo de violino, que é o ponto alto da música e talvez do cd todo. Ele marca o começo de uma tempestade sonora que, dependendo do seu humor e gosto musical, faz congelar de tão forte e emotiva que é. Muita guitarra, bateria violenta e violino acompanhados por um vocal que tenta cobrir tudo isso pra fazer a mensagem ser ouvida por alguém.

Apesar de ter apenas 6 faixas, o álbum tem quase uma hora e é permeado por frases gravadas por fãs de todo mundo em inúmeros idiomas que expressam o "espírito" das letras. Assim como sugere o primeiro momento do disco (som imitando uma chamada telefônica) o que parece é que são mensagens enviadas para nós e que o que as letras falam sobre ser um humano pode ser entendido em todos os cantos do mundo.

"On This Perfect Day" agrada fãs antigos e não faz nada feio pra quem nunca ouviu falar em Arjen Lucassen e sua saga.

Podcast #30 - Para deixar de ser tr00


Apesar dos atrasos aqui está mais um excelente trabalho do senhor Felipe Toledo. Confiram esse podcast, que é uma solução a tr00ismos excessivos.

Autor: Felipe Toledo
Deepfield - Your Forever
Red Hot Chili Peppers - Around The World
Dream Theater - I Walk Beside You
Opeth - Coil
Sonata Arctica - No Dream Can Heal A Broken Heart
Stratovarios - Black Diamond
Hatebeed - I Will Be Heard
Raimundos - Deixa Eu Falar
Killswitch Engage - My Curse
As I Lay Dying - Forever
Metallica - Welcome Home (Sanitarium)
Slayer - Hate Worldwide

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Review: AYA HIRANO - Speed☆Star



Primeiramente é bem interessante citar que esse é o primeiro texto ligado ao Music Ground acerca de um artista que não faz parte dos antigos estilos aceitos por lá, fato esse que me alegra muito por poder ter essa oportunidade e esse "desafio".
Esse é o segundo disco da dubladora japonesa Aya Hirano, que fez muita fama ao dar voz a personagens como Haruhi Suzumiya e Misa Amane. No primeiro álbum, Riot Girl, havia um apelo maior ao Rock. Nesta feita os estilos estão mais variados.
A primeira música é Stereotype, canção com alguns samplers de voz da cantora e programações eletrônicas feitas por Nishi-Ken, que toca teclados e faz esse tipo de programações nas músicas da seiÿu. Super Driver, novo tema de abertura do anime Suzumiya Haruhi no Yuutsu, vem em seguida e tem o estilo similar aos trabalhos anteriores da cantora e não é bem algo inédito já que foi lançada como single anteriormente. A próxima é Sing a Song!, lançada anteriormente também no single Set Me Free/Sing a Song!. Esta tem uma levada um pouco mais voltada ao ska mas sem abandonar as guitarras Rock.
Agora temos, de fato, algo novo. A canção Oh! My Darlin' mostra a mudança mais acentuada no rumo musical da cantora, mais próxima do Pop propriamente dito. Kiss♥Me também é inédita e tem uma levada mais rápida que a antecessora. Seguindo há Mizutamari, uma balada rápida bem executada. Ano Hana no Youni diminui o ritmo e tem belas passagens de piano.
De volta às músicas já conhecidas, Aishite! é a mais diferente do disco, com forte apelo ska e já havia sido lançada no single Super Driver. Voxx tem um som de sintetizadores mais presente, tanto nas guitarras como nos teclados e vocais. Set Me Free é uma das mais rápidas e nem parece ser J-Pop, só os teclados e sintetizadores que entregam o estilo verdadeiro do artista. LocK-oN é mais uma inédita e mostra o convívio "pacífico" entre vozes e instrumentos sintetizados e as guitarras.
A faixa-título e primeiro single do disco é a penúltima da playlist e retoma o ar rocker do disco anterior, na medida certa para emplacar altas posições nas paradas de sucesso. Agora algo que causa estranheza: Unnamed World é de 2008, foi um dos primeiros singles da cantora desvinculado do trabalho como dubladora, então porque não fora lançado no disco anterior ou simplesmente não incluído como algumas outras canções da mesma época? Este questionamento é só por conta deste detalhe, pois a faixa não perde em qualidade das demais e encerra de forma digna este disco.
Algumas conclusões são tiradas deste disco, como o fato de Aya Hirano estar no caminho certo de se tornar uma das grandes estrelas da música Pop japonesa, como também não ter o problema que assola o Ocidente, que é a síndrome do segundo disco, fato que assola a carreira de várias bandas que só conseguem emplacar o disco de estréia, tem um fiasco no lançamento seguinte e são lançados ao ostracismo e a melhor conclusão, que no Oriente o Pop tende a não ser sinônimo de música descartável, principalmente por agregar elementos diferentes de forma não forçada.

Review: VELHAS VIRGENS - Ninguém Beija Como as Lésbicas



Como um bom vinho ou uma bela cachaça, se preferir, a maior banda independente do país está de volta e melhora a cada dia, seja na parte musical ou nas letras.
A audição começa com a divertida O Gênio da Garrafa, que narra a história de um gênio que concede três desejos a uma pessoa, digamos, politicamente correta. Aqui já é exibido o Hard Rock vigoroso que a banda já desfilava nos lançamentos anteriores. Em seguida, temos A Boca, a Boceta e a Bunda que, como o título já entrega, contém uma das letras mais sem vergonha, no bom sentido, já escritas pela banda. A faixa possui solos e bases de bom gosto e o vocal característico do vocalista Paulão. Continuando com a temática pela qual a banda ficou conhecida, tem a história de uma vida de vícios contada em Bunda Boa.
Chegamos à faixa título, Ninguém Beija Como as Lésbicas, mantendo a temática de cunho sexual mas com sinceridade ao assumir que os beijos de um homem em uma mulher são pensados como faísca que iniciará o processo que culmina, ou deveria culminar, na explosão do ato sexual. E que as lésbicas não fazem dessa forma, apesar da real intenção ser revelada no fim da faixa, que é de se fazer algo a três. A música Essa Mulher Só Quer Viver na Balada é mais rápida que as anteriores e relata as desventuras de um marido se queixando da mulher que deixa suas "obrigações" pra se dedicar à boemia. Cafajeste vem na sequência e parece até ser uma resposta à faixa anterior e é a primeira com a participação da nova vocalista da banda, Juliana Kosso. Ela se dá muito bem e tem uma boa voz. Bela aquisição para a banda. O ritmo muda com o início de Bortolotto Blues, que conta com o guitarrista Cavalo nos vocais também e em sua letra o personagem principal assume que não trai a mulher por preguiça. A Última Partida de Bilhar traz aquele clima de fim de festa, um misto de blues eletrificado com uma balada Hard Rock, ao estilo VV, que fique bem claro.
A música FDP ilustra alguns dos usos da expressão que origina essa sigla, da vida cotidiana, passando pela política e pelo futebol. Continuando vem a canção Eu Bebo Pra Esquecer, que podia muito bem ser assinada por Reginaldo Rossi e possui um belo instrumental. Mais um passeio da banda pelo terreno que beira a música brega em Velho Safado, mais uma vez com a atuação de Juliana, nesta feita dividindo os vocais com Paulão. Strip & Blues conta com o inédito dueto entre o guitarrista Cavalo e Juliana. Em seguida vem o discurso sincero e honesto em Palavras do Mentor, que introduz a faixa O Amor é Outra Coisa, que retoma o clima inicial do disco e em sua letra destrói todos os clichês usados quando se fala do Amor. Faixa muito bem sacada, com um solo de gaita bem encaixado e uma das melhores do disco, se bem que o resultado até aqui é nivelado por cima. A coesão entre a banda e entre as faixas é inacreditável, além da criatividade na criação de riffs e uso de elementos emprestados do Blues, como o bom gosto no uso de gaita, os refrões bem sacados e as ótimas participações da vocalista Juliana e do guitarrista Cavalo. Por fim, há um aspecto que deve ser citado, pois há faixas que remetem ao que já foi feito antes pela banda, que falam sobre sexo e contém palavrões, mas eles não fazem e nunca fizeram o Rock Engraçadinho, então esses elementos tem porque aparecerem. Mas a banda mostra um certo amadurecimento, pois letras como as presentes em O Amor é Outra Coisa e FDP são inteligentes até, não ficam no banal "vamos falar palavrão e putaria porque vende". Ou seja, quem tinha ressalvas quanto a banda, acho que é hora e este é o disco para rever seus conceitos.

Novo disco do Pulcher Femina


O projeto italiano de synthpop/darkwave Pulcher Femina laçou, ontem, seu novo disco, o Darkness Prevails, depois de oito anos sem lançar nada inédito em álbum.
A sonoridade deste disco se destaca por ter muitos elementos de synthpop inglês e músicas mais rápidas que seu antecessor, o Shadows Of the Lovers.
"A minha intenção com o Darkness Prevails é dar comida para o seu 'interior' quando você precisar", declara no myspace oficial do projeto o seu idealizador Roberto Conforti.
O disco foi gravado em Roma no Ghostrack Studio;, contando com a produção do próprio Roberto, mixado em Atenas por George Priniotakis no Artracks Recording Studios e masterizado por Tim Schuldt no 4cn-studios na Alemanha.

Informações no site oficial e no myspace.

Ion Dissonance trabalhando em novo disco



A banda de metalcore Ion Dissonance está em studio trabalhando em seu novo disco para ser lançado no verão (no nosso caso, inverno) desse ano pela Century Media. Kevin xxxx, vocalist, comentou: “Estamos encerrando nossa terceira semana em estúdio. As linhas de bateria estão sendo completadas e agora estamos na metade do trabalho de gravação das guitarras. Tudo tem sido um inferno de tão bom, melhor do que poderíamos esperar. Como resultado, estamos todos felizes com estas novas músicas.”

Fonte: Terrorizer
Tradução e adaptação: Fallen archangel

ChthoniC


Quando pensamos em black metal dificilmente nos vem à cabeça uma banda oriental mas, por mais estranho que pareça, é de Taiwan um dos destaques do estilo atualmente.

Chthonic (nome que se pronuncia "Thonic" e é inspirado em um termo grego referente aos seres do submundo) se formou em 1995 com o intuito de trazer lendas e mitos antigos para os dias atuais. Suas músicas tratam de temas nacionalistas que vão desde os primórdios de Taiwan, quando seus colonizadores eram corajosos e as populações primitivas travavam guerras contra deuses folclóricos, até fatos históricos marcantes como, por exemplo, o chamado "Incidente Wushe", que foi a luta da antiga tribo Seediq contra os japoneses na década de 1930.

Não é só nos temas abordados que tentam manter suas raízes. O som pesado do black metal, com seu tradicional gutural, mistura-se a sons locais, criando uma sonoridade única para a banda, que utiliza teclados, violinos e até mesmo instrumentos tradicionais de sua cultura como a hena (chamado "erhu" na China). Algumas canções são escritas em taiwanês, japonês e taiwanês primitivo, mas  a maioria  têm suas letras escritas completamente em chinês clássico com pronúncia mandarim, o que é bem raro na música contemporânea da China.

Como para a maioria das bandas de metal extremo, o aspecto visual do Chthonic  é muito importante. O grupo começou usando o chamado "corpsepaint", como fazem as bandas européias e, com o passar do tempo, adquiriram um estilo próprio. Usam o que chamam de "ghostpaint", maquiagens que representam figuras mitológicas locais e são encarados como personagens pelos integrantes que usam também codinomes para "representá-los".

O primeiro lançamento aconteceu em 1998 , um single chamado "Deep Rising". Logo no ano seguinte outro single, o "Nightmare",  saiu e deu visibilidade a eles, lançando no mesmo ano seu primeiro álbum, "Where the Ancestors' Souls Gathered". Após este começo os lançamentos não pararam: foram mais quatro álbuns de estúdio ( "9th Empyrean" de 2000, "Relentless Recurrence" de 2002, "Seediq Bale " de 2005 e "Mirror of Retribution" de 2009), um dvd ("Spread the Qi 1995 to 2002" de 2003) e um especial comemorativo ("A Decade on the Throne Live" de 2006), além de cds especiais, compilações, singles/EPs e lançamentos só para a Ásia.

Muitas foram as trocas de integrantes na banda e apenas o vocalista está no grupo desde sua fundação. Hoje a formação é: Freddy "Left Face of Maradou" (vocal, hena) , Jesse "The Infernal" (guitarra),  Doris "Thunder Tears" (baixo, backing vocals), CJ "Dispersed Fingers" (teclado, piano) e Dani "Azathothian Hands" (Drums).

Atualmente esta é uma das bandas importantes dentro do metal extremo e mais ainda em seu país. Já ganhou como melhor banda no "Taiwan Golden Melodies Award Ceremony" em 2003, tocou no Ozzfest em 2007 além de outras conquistas.

O grupo faz parte de uma nova geração de artistas preocupados com a identidade cultural da ilha e muito envolvidos, inclusive, em assuntos de ordem política, participando de manifestações e sendo banidos de algumas regiões da China devido a esta posição.

Myspace
Discografia
Encyclopaedia Metallum

Documentário ucraniano sobre o post-industrial será lançado em fevereiro



Um documentário, o Secret Assembly, feito na Ucrânia em maio do ano passado será lançado no dia 01 de fevereiro de 2010 pela OMS Records. Ele inclui apresentações do Deutsch Nepal, Noises of Russia, First Human Ferro e Filivs Macrocosm, trazendo o melhor do dark ambient e do noise.
Ele pode ser adquirido diretamente pelo site da gravadora, custando 19 euros (cerca de 48 reais) via Paypal, estando inclusas as despesas de envio para qualquer parte do mundo.

Tradução e adaptação: Fallen Archangel

Review: Revolution Renaissance - Age of Aquarius



Nova banda, nova era, novos ares. Estranho pensar nisso somente no segundo disco de uma banda, mas como o antecessor, New Era, foi produzido com artistas convidados e até houve uma versão gravada pelo próprio Stratovarius, esse é, ideologicamente, o disco de estréia do Revolution Renaissance. Disco que marca, conceitual e praticamente, uma nova era na carreira de Timo Tolkki.
Ao longo do álbum percebe-se que o título indica também a temática de algumas músicas, sobre a tão aguardada, falada ou até temida Era de Aquário, evento astrológico que afetaria toda a humanidade, levando-nos a uma época de paz e bem-aventuranças. Deixando isso de lado, vamos às músicas. Age of Aquarius tem um bom trabalho da banda toda. Não se percebe dificuldade por parte do vocalista Gus Monsanto e nem falta de introsamento por conta deste ser o primeiro registro desta formação. O ritmo da música é interessante, no formato exato para execução em rádios por conta de sua divisão ortodoxa em intro - verso - refrão -verso - solo - refrão. Tem um solo não comprometedor. Um início meio tímido. Sins of my Beloved aparece mostrando uma certa coesão do disco, já que, se ouvido o disco na sequência, parece que faz parte da faixa anterior. É uma faixa mediana, não empolga muito mas não compromete. Ixion's Wheel tem, ao contrário das duas primeiras, tem uma introdução orquestral, uma letra curta e não mostra nada mais de diferente. Agora tem algo diferente, de fato. Pra começar, parece que há um dueto entre vocalistas em Behind the Mask. Algum desatento poderia até supor que seria uma participação especial do vocalista do Sonata Arctica, Toni Kakko, em colaboração com outro vocalista, já que nenhum vocal se assemelha ao que foi feito antes por Monsanto. O clima da música é diferente e até destoa do conjunto, o que pode ser interpretado como um erro até primário ou como grande ideia. Difícil saber. Ghost of Fallen Grace retoma o curso do início do disco e é bem sem graça. Tem toda aquela pompa e cerimônia mas não entrega nada além de uma música sem inspiração. Heart of it All fala sobre uma força de união da humanidade. Ao começar a ouvir me dá a impressão que essa força se chama sono. Somente aos 2:20 é que a música engrena. Bem, mais ou menos isso. Apesar dos pesares, é possível ouví-la até o fim sem (muitos) arrependimentos. So She Wears Black é morosa, entranha e longa. Kyrie eleison
significa senhor, tende piedade. A música é uma oração. Sabendo isso ajuda a entender o porque aparece um coral de crianças no começo da música. Como música, tirando a introdução, é até interessante. Quanto a letra, vai de cada um e não cabe fazer julgamento dela aqui. Teria Timo Tolkki se convertido como alguns outros famosos músicos? Bem, vamos a última faixa do disco,
Into the Future. Ela retoma o tema do disco e da faixa-título, sobre uma nova era sem dor e sofrimento, todo aquele papo sobre a Era de Aquário. É uma boa música e encerra a audição de forma digna. Esse recomeço de Timo Tolkki se revela tão difícil quanto o fim de sua participação no Stratovarius, dois integrantes já foram substituídos por "diferenças musicais" e, se ele pretende fazer algo que faça ao menos sombra do que já fez no seu antigo grupo ou ao menos ao que seus antigos companheiros farão com o Stratovarius, precisa rapidamente melhorar porque Age of Aquarius fica aquém das expectativas.

Review: TEATRO SATANICO – Veneto



 Bem, esse é o último lançamento do projeto italiano Teatro Satanico. Bem, quem escutou obras-primas como o “Polisatanismo” e o sensacional “Chidakasha”, além do disco de neofolk “Pan ist tod”, o que eles poderiam fazer de novo, dessa vez?
Veneto é o nome de uma região da Itália, que faz fronteira com o Mar Adriático. E também é o nome do antigo povo da Gália, que migrou por esse mesmo mar na região de Veneto e também na Bretanha, na França.
Esse disco é fruto da pesquisa de anos do projeto com a linguagem venetiana, onde eles vão colocar diversas referências a esse povo. É também uma homenagem ao “A arte do barulho”, do futurista Luigi Russolo, que nasceu na região de Veneto e foi o criador de tudo que se usa, até hoje, dentro da música experimental e eletrônica.
O disco é muito mais acessível que os anteriores do grupo, perdendo apenas para o “Pan ist tod”. É um industrial bem experimental, com diversos ruídos e sons não-convencionais. Como destaque temos a faixa Ven Anon, inspirada no filme “Anonimo Veneziano” de Enrico Maria Salerno, a música “Venexian Anonimo”, escrita em linguagem venetiana e a Reitia, faixa totalmente neofolk que deveria ter ido para o filme “Dea”, de L. Bolzan, um filme não lançado que seria sobre os habitantes do período neolítico da região de Veneto.
É um disco imperdível. Mesmo que você não seja muito fã de industrial ou adepto de algo experimental, é ainda um excelente começo para você. Não percam, é muito bom.

Inferna Profundus Records produz disco lituano de black metal




A gravadora Inferna Profundus Records apresenta, esse ano, o novo disco da primeira banda de black metal da Lituânia. “Kraujo Estetika” é o quinto disco oficial do grupo Svartthron desde sua fundação em 2005. Nesse disco todos os músicos presentes são lituanos, com os vocais feitos por Levas (Andaja) e bateria por [k] (Argharus). O resultado final é um disco forte e bem variado, cujo tema é somente um: sangue. As músicas em “Kraujo Estetika” são como pinturas individuais, onde cada uma mostra visões e o sofrimento, que se tornam conhecidos e guia para o triunfo da besta. As músicas desse álbum possui diferentes estilos, com melodias depressivas e sombrias de guitarra combinadas com uma bateria forte e violenta, complementado por vocais, que simbolizam a besta em muitos momentos, com fúria, imperiosidade e desdém.
Uma das canções tem a participação especial de Kommander L. (LUCTUS), que atualmente vive na Itália, que proporciona um tempero a mais no disco.
Mais informações no myspace oficial do grupo.


Tradução e adaptação: Fallen Archangel

Post-Industrial: a vanguarda da música popular

Um dos assuntos mais complicados que temos, ao definirmos música, é que ela seja ou não popular. Fica difícil imaginar que, por exemplo, tudo derivado do rock seja popular, mesmo com seus fãs imaginando que ser pouco conhecido signifique “não-popular”. E como ter uma vanguarda dentro disto?

Primeiro, vamos colocar as coisas nos eixos. Nem sempre a música erudita vai ser mais complexa que a popular e vice-versa, se usarmos o quesito técnica como comparativo. O que vai definir o caráter popular ou não vai ser, num primeiro momento, o grau de acessibilidade de um determinado som. Claro que falar isso é ser simplista demais, mas fica como um alerta para poder entender como isso funciona. Isso não exime um estilo de pegar técnicas e influências do outro, mas uma composição erudita não vai deixar de ser erudita por se apropriar de alguma coisa da música popular. E o contrário também é válido. Só que, quanto mais acessível se torna alguma coisa, menos próximo do erudito ele se torna, uma vez que vai exigir menos entendimento do seu ouvinte. É por isso que é muito mais fácil gostar de um Black Metal do que de uma opera de Wagner, por exemplo.

A música industrial vai nascer justamente nesse ponto, quando o ser popular significar ser fácil de vender. O rock (e por consequência, o metal) se tornam comerciais e acessíveis, passíveis de reprodutividade. O punk, com seu ideal todo, passa a ser vendido com um estilo de “reação” contra a sociedade. E nesse contexto que Genesis P-Orridge vai tocar.

Com sua gravadora, a Industrial Records, ele vai mostrar ao mundo como era possível usar o erudito dentro do popular e, ainda sim, fazer alguma coisa voltada com o ideal de arte. Enquanto a preocupação de boa parte dos músicos ia para a música tonal e outros gêneros mais acessíveis da música erudita, o fundador da primeira banda de industrial do mundo queria mais. Foi buscar no Modernismo as suas inspirações, em gente como Russolo, em estéticas como a do futurismo e a do fluxus. Com isso tudo, fundou primeiramente o COUM Transmissions, que se valia da “arte transgressora”, indo contra valores morais e sociais, abusava da escatológica e de imagens que chocavam as pessoas. Era a maneira de mostrar ao mundo como fazer um movimento que voltasse o ideal da renovação artística.

Com o Throbbing Gristle, começava uma era onde o importante era inovar. Estar a frente dos outros. Seguidos pelo Monte Cazazza, Cabaret Voltaire, Clock DVA, SPK, Test Dept e até mesmo o Leather Nun, só para citar alguns exemplos. Como consequência, o rótulo “industrial” passou a ser colocado em bandas que vinham da gravadora de Genesis e, consequentemente, a bandas que faziam uma sonoridade baseada em ruídos, música e outros elementos não musicais.

Como consequência, surgem, logo depois, as misturas e os desmembramentos da música industrial. Essas misturas e apropriações vão acabar sendo o que se convencionou como post-industrial. São estilos que se misturaram e geraram coisas novas, coisas que ainda estão em evolução (excetuando dessa lista alguns gêneros que ganharam popularidade) e, acima de tudo, mostraram ao mundo que a vanguarda pode ser mantida dentro desses estilos.


Os gêneros dentro do post-industrial

Aqui eu vou relatar, de forma bem resumida, o que veio depois do industrial.

Dark ambient
Aqui temos uma diferença crucial com relação ao industrial: sai um pouco da densidade de som e entram sons mesclados com o próprio ambiente. O uso de drones, de ruídos ambientes, criando uma certa atmosfera no som, dá vida a esse gênero.

Ele tem uma ligação forte com o industrial, tendo se iniciado com o Coil e seguindo por bandas como Lustmord, Aghast, Zoviet France e Deutsch Nepal (esse, com uma certa ligação com o neofolk).

Electro-industrial
Surge na mesma época que o EBM. Vai ser um ritmo dançante, usando sons mais abrasivos e mais cáusticos que seu irmão. Só que ele vai se apropriar de uma estrutura onde guitarras serão evitadas, dando lugar ainda a um som experimental.

O uso de baterias eletrônicas (que é uma das características do electro) dá corpo a música, que abusa de vocais sintetizados e o pouco emprego de instrumentos de verdade. Tem como precursores os grupos Die Form, Klinik (ainda que esse oscile muito mais entre o EBM e o Electro), Skinny Puppy e Front Line Assembly. Mais tarde se consolidaria com grupos como Android Lust, Velvet Acid Christ e o Leather Strip (que guarda muito do experimental em sua música). Não há o interesse por temas subversivos, mas sim por coisas como filmes de horror, ficção científica e ativismo político. Contudo, esse é um estilo que foi muito deturpado (assim como o EBM) pela assimilação no meio gótico. Vão surgir, dessa leva, bandas que perdem muito do lado industrial e colocam algo muito mais “dançável” por assim dizer.

Electronic body music
O famoso EBM, nasce da fusão do industrial e da música dance. Isso vai resultar num estilo com uma sonoridade bem mais limpa. As temáticas musicais passam a ter um apelo mais militar, contrastando aquele ideal de subversão do industrial.

Surge com o Front 242, que declarou que sua sonoridade era justamente o Electronic body music. Esse termo já foi usado anteriormente pelo Kraftwerk para denominar o álbum “The Man-Machine”.
Esse estilo tem como bandas da chamada “old-school” o Front 242, Nitzer Ebb, Die Krupps (que mais tarde incorporaria sonoridades mais voltadas ao metal), Bigod 20, Orange Sektor, Vomito Negro etc.

Foi mais um gênero que sofreu com a onda gótica e de clubes no mundo todo. As bandas mais novas passaram a incorporar influências de trance, de techno e até mesmo de heavy metal para tornarem seu som mais fácil de ser assimilado. Nessa leva surgiram grupos como Grendel, Suicide Commando, Combichrist e outros. Esses grupos sofrem preconceito dentro da cena EBM, uma vez que se afastam demais da sonoridade original (e alguns dizem que esses grupos, na verdade, não pertencem a este estilo de fato, mas sim soam como uma versão trevosa e metaleira de trance music).


Existe agora uma leva de bandas que tenta resgatar um pouco desse lado mais “old-school” dentro da cena, como os grupos do intitulado Anhalt EBM, que vai buscar elementos dentro do Oi! e de outros estilos para compor algo mais próximo do que fazia o Front 242 e não soar mais como uma música de gótico.

Noise
Aqui vai ser um estilo que é intimamente ligado ao industrial. Enquanto no industrial a música se apropriava dos ruídos, nesse estilo os ruídos, as dissonâncias, as cacofonias, a atonalidade são elementos da própria musica. O uso de colagens, de sons servindo de textura e até mesmo de barulhos extremamente abrasivos tornam esse um dos estilos mais difíceis de serem compreendidos, uma vez que também são parte da música industrial.

Isso vai começar a se definir como um estilo propriamente dito na década de noventa, com grupos que vão levar o experimentalismo do industrial e usar apenas os barulhos como música, provenientes de objetos, de samplers e qualquer coisa que possa gerar barulho.

No Japão isso ganha uma proporção muita grande, dando origem ao Japanoise, introduzido pelo músico Masami Akita, criador do projeto Merzbow. Artistas como Nurse With Wound, Teatro Satanico, NON etc. passarão a ser chamados de noise.

Power noise

Ou rhythmic noise, como é mais conhecido, parte da mistura do noise com diversos elementos de música eletrônica, sobretudo dance, techno e trance. Assim como o EBM, ele se torna muito mais acessível ao grande público, perdendo a parte de inovação e ganhando em ritmo.

Esse estilo ainda não sofreu (muito) com a popularização nas pistas de dança, até por soar ainda um bocado estranho aos ouvidos de algumas pessoas. Ele vai também ser muito influente na concepção do digital hardcore e do speedcore, que levarão o conceito de “não-musicalidade” dentro de seus estilos, mas ainda sim tendo uma certa base rítmica.

Alguns grupos bem proeminentes dentro do estilo (algumas vezes confundidos com EBM) são o Xotox, o Noisuf-X, [x]-Rx, FabrikC etc. Esse estilo tem como base gente que curte o chamado “electro-gótico” e os rivetheads em geral.

Power Electronics

O termo surge quando William Bennett, do Whitehouse, descreveu a música de seu projeto. Esse estilo prima pela distorção exagerada, letras extremamente agressivas e posturas radicais dos membros dos grupos. É altamente elitista, mantendo muito do ideal de contracultura e de experimentação , com grupos que se apropriam do harsh noise, de sonoridades altamente agressivas, tudo isso sempre com muita violência. É o lado mais brutal, agressivo, ácido e subversivo dentro do industrial. Ele envolve muitas facetas políticas, sociais e ideológicas, levando temas como ódio, racismo, preconceito, destruição, sadismo, perversão e, acima de tudo, tudo isso integrado de forma harmoniosa.

É muito comum os integrantes estarem envolvidos com atos de terrorismo, nazismo, intolerância racial e religiosa, crueldade e crimes políticos. É o extremo do extremo, com radicalismo exacerbado. Tudo isso convivendo entre os fãs, que ignoram diferenças em homenagem ao culto dos extremos da degradação social. Tem como expoentes os grupos Whitehouse, Jugend Suitcliff, Genocide Organ, Atrax Morgue, Con-dom, Dytstum Terror e outros.

Neofolk
Esse estilo nasce da fusão do experimentalismo industrial com a música folclórica. Ele junta o som acústico com os experimentos do industrial, dando um ar menos carregado ao gênero.

As temáticas quase sempre vão girar em torno da ancestralidade europeia, sobretudo com relação ao povo do norte. O uso de imagens ligadas ao nazismo e ao militarismo também é recorrente, com grupos como o Death in June e o Current 93 fazendo algo que, para alguns, é considerado apologético.

Dentro dele vão existir diversas correntes, como o Dark Folk, que irá levar um lado mais sombrio ao som, dando um clima mais melancólico, com grupos como o Ritual Front e o Sangre Cavallum. Não pode ser atrelado diretamente ao neofolk, embora guarde boas semelhanças com ele. Tem também o Apocalyptic folk. Esse nome foi dado por David Tibet para descrever uma das fases do Current 93. Esse estilo vai ter um som que foge, em termos de temáticas, da ancestralidade e da simbologia envolvida e vai seguir por caminhos mais voltados ao esoterismo. Isso não se torna uma regra, uma vez que grupos como o Ô Paradis não tem esse lado esotérico. Tem como representante forte dessa vertente o grupo Ordo Rosarius Equilibrium, que também possui uma fase mais experimental. Há também ligações com o dark ambient, com grupos como Neutral.

Martial Industrial

Conhecido por alguns como military pop, é derivado do neofolk e do dark ambient. Incorpora também o neoclássico, como acontece com grupos como o March of Heroes.

É, na maior parte das vezes, um som dark ambient com temáticas militares, com uma percussão que sempre vai lembrar aquela usada em marchas militares. Oscila bastante com o neofolk e é muito comum ambos os estilos se cruzarem numa mesma banda (como acontece com o Von Thronstahl, o The Day of the Trumpet Calls e o Death in June). O Laibach, no começo de sua carreira, também flertou com esse estilo, o que ajudou na concepção de grupos como o Rammstein.

Industrial Rock/Metal
Bem, chegamos ao estilo post-industrial mais famoso e mais acessível de todos. Estão próximos demais um do outro e muitas vezes é difícil saber quando um grupo é de industrial rock e quando ele é de industrial metal. Ambos se baseiam, atualmente, na mistura de rock ou metal com um ruído branco e o uso de instrumentos de música eletrônica, com sintetizadores e bateria eletrônica.

O estilo começou com o Skinny Puppy e o KMFDM, que criaram as bases do que se chama de industrial rock. Nessas bandas existia e ainda existe a estética experimental da música, com misturas e ideias bem interessantes. Isso foi continuado em grupos como o Nine Inch Nails, que também flerta um pouco com o electro-industrial. Já o lado metal surgiu com o Ministry, que fez a mesma mistura, só que levando a um lado mais pesado e mesclando o metal com sequenciadores, samplers e vocais distorcidos.

É o estilo que sofreu mais com a popularização. Grupos como Marilyn Manson e Rob Zombie acabaram com o lado experimental do estilo, tornando-o um “rock pesado com sintetizadores” e fazendo com que outros grupos seguissem o mesmo caminho. E o metal industrial certamente sofreu mais com isso. Com a popularidade adquirida pelo Rammstein e outros grupos, essa divisão passou a ser apenas um “metal com elementos eletrônicos” e quase todas as bandas incorporam trance e techno em suas composições. Essa degeneração vai resultar na perda da identidade industrial e fazer com que qualquer banda de metal que tenha um sampler eletrônico de fundo seja chamada de industrial rock ou industrial metal.


É claro que existem muito mais correntes dentro desse estilo, com coisas como o aggrotech e até mesmo o industrial hip-hop. Contudo, a ideia desse artigo é dar uma visão mais geral do que se caracteriza como post-industrial e os seus desdobramentos.

Review: MONO - Hymn to the Immortal Wind



 Não é de hoje que o post-rock tem ganho repercussão no mundo. Embora seja um estilo um tanto quanto velho, ele ainda sim não é batido e diversas bandas boas apareceram nesses últimos tempos. E uma delas, que merece todo o destaque, sem dúvidas, é o Mono.
Quando se fala em Japão se tem em mente aqueles visuais coloridos, com aquelas roupas afeminadas e o jeito andrógino, mais conhecido como Visual Kei. É certo que tem isso, mas não somente, na terra do sol nascente.
Uma dessas gratas surpresas é o Mono. Nesse último disco, lançado em 2009, eles conseguem trazer mais inovação a um estilo ainda indefinido, ainda não totalmente comercial.
Este disco foi gravado com a orquestra filarmônica de Chicago,uma das mais conceituadas do mundo. O resultado é algo sublime, inovador, sem igual.
Esqueça as bandas como Nightwish e Iced Earth, que colocam a orquestra como pano de fundo para suas composições. Tente imaginar uma harmonia perfeita entre baixo, guitarra, sintetizador e percussão ao lado de violoncelos, violinos e outros instrumentos clássicos, onde os sons se mesclam e se completam, de uma forma impressionante. É ao mesmo tempo clássico, moderno, avant-garde, uma sonoridade cheia de texturas e de evoluções, dignas de uma orquestra de verdade.
Esse é um disco memorável, daqueles que a gente precisa escutar pelo menos umas dez vezes para tentar entender e ainda sim ficam faltando coisas. Os japoneses sabem como fazer música de verdade sem precisar se render a modismo e o Hymn to the Immortal Wind vem para provar que nem tudo no rock está perdido ou estereotipado.

Review: ASHTON NYTE - The Valley



No mesmo ano do lançamento do novo disco do The Awakening, o seu vocalista, Ashton Nyte, lança seu disco solo, o “The Valley”.
Para quem acompanhou os últimos trabalhos solo dele, esse dá continuidade a linha de composição já conhecida de Ville Valo e o H.I.M. Isso quer dizer, espere melodias grudentas, baladinhas sombrias, com todo aquele toque glam.
Comparado com os trabalhos anteriores, o vocalista do The Awakening coloca a mão no freio e traz um disco com mais baladas e mais partes acústicas, investindo num som mais leve, com aquele toque mais “rock” e abrindo um pouco mão do gothic rock da sua banda original. Aparentemente este é um disco mais despretencioso, mesmo com uma produção invejável, melodias bem marcantes e sons que certamente vão querer fazer você dançar.
Eu destacaria as músicas “The Valley”, que tem um trabalho instrumental e com a voz do Ashton muito interessante e a “Pale Horse”, que é a química perfeita entre os finlandeses do H.I.M .e o Sisters of Mercy atual.
Um disco marcante que, mesmo não sendo a melhor coisa do ano passado, ainda sim consegue ser interessante e gostoso de ser ouvido.

LIX.: primeiro single em fevereiro



A nova banda LIX., formada por Yuu (Ex-SUICIDE ALI) e Yasuhiro (ex-THE.GOLDEN SPIDER) começarão em breve as suas atividades. Eles irão lançar seu primeiro single, Noah, em comemoração a formação da banda, que será lançado nas lojas no dia 03 de fevereiro. Antes haverá uma pré-venda deste single em seu primeiro show no dia 30 de janeiro no Namba Rockets.
A banda atualmente é: Ryu (ex-Wednesday) – Vocal, Yuu (ex-SUICIDE ALI) – Guitarra, Yasuhiro (ex-THE.GOLDEN SPIDER) – Guitarra, Sho (ex-Wednesday) – Bateria.
O single poderá ser adquirido no show do dia 30 de janeiro ou online, na mesma data e nas lojas a partir do dia 03 de fevereiro.
Site Oficial
Myspace
Fonte: Heathen Harvest

Podcast Music Ground #29 - Especial Vampiros




Programa dedicado aos vampiros na música. Se você, como eu, odeia Crepúsculo e todos esses vampiros viadinhos, sinta-se vingado neste programa.
Está interessante, certamente vocês irão curtir.
Lord Vampyr - Carmilla... Whispers from the Grave
Darkthrone - Transilvanian Hunger
Black Countess - Vampiricheskaja Nimfomanija
Cradle Of Filth - Bathory Aria
The Vampires Of Dartmoore - Tanz Der Vampire
Diabolique - Blood of Summer
Two Witches - Bites and Bloody Kisses-Scarlet Version
Alcoholika La Christo - Witches & Vampires
A Spectre Is Haunting Europe - Fearless Vampire Killers
Nosferatu - Vampyres Cry
Paralysed Age - Bloodsucker
Voltaire - The Vampire Club
Untoten - Blood Countess
Para baixar ou ouvir, clique aqui 
Se você usa o Winamp, também pode clicar aqui..

Onze discos para conhecer o Gothic Metal

A despeito de muitos acreditarem ou não na existência de um estilo chamado gothic metal, é fato que ele agrega para si diversas bandas. Por ser um rótulo comercial (como tantos outros), é natural terem uma certa repulsa pelo nome “gótico” atrelado ao “metal”.

Originalmente o estilo deriva de uma variação do Doom Metal, mas hoje qualquer estilo mais “romântico e depressivo” pode ser chamado de Gothic Metal, como aponta o site doom-metal.com. Então, na prática, qualquer estilo de metal que use de elementos mais “góticos” (o que pode incluir a própria música gótica e eletrônica) acaba sendo chamado também de gothic metal.

O grande problema é quando chegamos no Beauty and the Beast. Essa linha dentro do metal se caracteriza por ter uma vocalista feminina seguida de um vocalista masculino com vocal gutural. Isso se tornou meio que um “padrão” para muita gente e as gravadoras começaram a vender como se fosse gothic metal qualquer coisa que tivesse essa combinação. Por isso, comercialmente coloca-se diversas bandas como After Forever e Epica dentro desse “bolo”, mesmo guardando pouquíssimo elementos que não sejam a melancolia e um instrumental com orquestra de fundo.

A lista que segue fala de dez discos para ter uma ideia de como o gênero se estabelece.

Entwine – Gone

Esse disco dos finlandeses do Entwine traz uma característica importante: é altamente influenciado pelo synthpop e pelo gothic rock. Juntando isso a uma música mais “metal”, eles desenvolvem uma sonoridade muito contagiante e melancólica, sem precisar exagerar.

Destaques: Silence is Killing Me, Closer (My Love) e Snow White Suicide.


Lacrimas Profundere - Ave End

O Lacrimas Profundere é um grupo que veio de uma escola doom-metal. Sua sonoridade era calcada num estilo lento, depressivo e muito denso. Com o lançamento do disco “Fall, I Will Follow”, o grupo começava a deixar de lado isso e apostar numa influência mais rock, com referências ao Sisters of Mercy e ao The 69 Eyes, além do The Cult.

Com esse disco, o “Ave End”, eles conseguem estabelecer um elo entre o gothic rock e o metal — mas sem perder o lado metal. As melodias ficam menos carregadas e o vocal passa a seguir uma linha menos metal e mais gótica, tornando o som da banda diferente e que seria seguido pelos álbuns posteriores.

Destaques: Ave End, One Hope´s Evening e Sara Lou.


Moonspell - Darkness and Hope

O grupo português, que começou tocando black metal, já havia trocado sua sonoridade no disco anterior, o “Wolfheart”. Esse disco trazia uma sonoridade mais sombria, com fortes influências de The Sisters of Mercy e também da música folclórica.

Mas é nesse disco, o Darkness and Hope, que as influências góticas tomam conta do som do Moonspell. Aqui há um apelo menor para o vocal gutural e trabalha-se muito mais o vocal grave de Fernando Ribeiro. Este é o disco que certamente vai agradar quem procura uma sonoridade mais sombria e gótica dentro do metal. Conta ainda com a participação especial de Adolfo Luxúria Canibal, vocalista do Mão Morta, na faixa Than the Serpents in My Hands.

Destaques: Nocturna, Devilred, Than the Serpents in My Hands.


Paradise Lost - Draconian Times

Os pais, mães e tudo que você possa imaginar para o gothic metal. A banda já incorporava elementos de gothic rock no disco “Icon”. No Draconian Times esse tipo de sonoridade fica muito mais evidente, marcando a transição do doom-death de antes para o gothic metal.

Musicalmente ele vai influenciar grupos como Poisonblack, Charon, Entwine etc. Nick Holmes e sua banda continuarão a ser importantes quando falarmos de gothic metal. Esse disco ainda não tem nenhum apelo para o lado eletrônico, que viria nos discos seguintes e se consolidaria do álbum “Host”.

Destaques: Enchantment, The Last Time, Forever Failure.


Sunseth Midnight - Sun Seth

O Brasil, a despeito da grande quantidade de bandas que temos aqui, possui poucos representantes dentro do Gothic Metal. A maior parte das bandas desse estilo no Brasil seguem uma fórmula engessada lá fora e não se permitem ser diferentes. Tanto que soam mais como clones do que como bandas realmente originais.

O Sunseth Midnight, nesse debut, prova que é possível fazer um elo entre o metal e o gótico. Com influencias eletrônicas e de gothic rock, esses brasileiros conseguem um som diversificado e diferente. Há quem compare esse disco aos lançamentos da fase gótica do The 69 Eyes, comparação essa um tanto distante da sonoridade do grupo.

Destaques: Stop Haunting Me, Where I Belong, She is not Innocent.


Theatre Of Tragedy – Aegis

O grupo norueguês foi responsável pela popularização do estilo “A bela e a fera” no metal. Estilo esse que se desgastou muito com grupos como Epica, The Sins of Thy Beloved, só para citar alguns exemplos. Nessa época o ToT era basicamente uma banda de doom, com fortes traços de música barroca e de death metal, elementos que faziam uma mistura muito interessante para a época.

No Aegis, o grupo vai rumar diretamente ao contrário da tendência: vai buscar no darkwave diversas influências e marcas para o estilo. Saem os teclados e entram em cena os sintetizadores, que já haviam sido amplamente utilizados no disco anterior, o Velvet Darkness They Fear.

Raymond também abandona os vocais guturais e começa a cantar com uma voz mais clara, mais audível, num tom bem atípico no metal. Esse, assim como o disco de estreia do Sunseth, é a mostra de que metal e música gótica podem sim andar lado a lado.

Destaques: Cassandra, Venus, Poppea.


Theatres des Vampires - Pleasure and Pain

Vampiros. Um tema que já foi muito abordado dentro do metal. Tanto que o grupo Theatres des Vampires é conhecido exatamente por sempre abordar o tema de forma bem marcante.

Inicialmente começou como uma banda de black metal na mesma linha do Cradle of Filth. Lord Vampyr, ao sair da banda, deixou uma marca que, para muitos fãs antigos, nunca mais vai voltar ao grupo. Tanto que esse disco é o que marca, de forma definitiva, a entrada dos italianos na sonoridade gothic metal.

Esse disco vai trazer muitas sonoridades eletrônicas. Sai aquele lado mais extremo da banda e entra algo mais sombrio, mais perto do “electrogoth”. Tem ainda um remix feito pelo Bruno Kramm, do grupo alemão Das Ich.

Destaques: Pleasure And Pain, Black Mirror, Let Me Die.


Tiamat - A Deeper Kind of Slumber

Depois do lançamento do disco “Wildhoney”, os fãs do grupo sueco não sabiam o que esperar.  Afinal, a sonoridade death metal foi substituída por uma mais ambiente e progressiva, com fortes marcas de Pink Floyd.

Esse disco, o “A Deeper Kind of Slumber”, traz para o Tiamat a fusão do que veio no Wildhoney com o gothic rock e o metal. A partir daí temos uma banda mais atmosférica e mais sombria, fazendo com que alguns sites especializados tratem os trabalhos seguintes como gothic rock e não mais como metal.

Seja como for, Tiamat é uma grande banda de gothic metal hoje. Trazendo um lado mais atmosférico e mais eletrônico a cada disco, “A Deeper Kind of Slumber” é o começo dessa trajetória.

Destaques: Teonanacatl, The Desolate One e The Whores of Babylon,


To/Die/For – Epilogue

Quando ainda tinha o nome de Mary-Ann, o To/Die/For possuia bases no pop e na new wave londrina.  Além disso, era uma banda que tinha de tudo para não ir para o caminho do metal.

Ao trocarem de nome, a sonoridade ganhou peso e manteve a mesma melancolia e os traços mais modernos da antiga banda. É um pop misturado com metal de maneira bem sombria, culminando numa fase que tem no Epilogue seu ápice.

As canções são grudentas, com um ritmo muito legal e, acima de tudo, sem nada de muito sofisticado.

Destaques: Hollow Heart, In Solitude, Immortal Love.


Tristania - Beyond the Veil

Talvez o gothic metal ainda estaria com sua sonoridade, dentro do estilo “A bela e a fera”, mais arrastada se não fosse pelo Tristania. A banda de Veland pegou os elementos já presentes no primeiro disco do Theatre of Tragedy e colocou-os dentro de uma forma death metal. Com isso o som ganhou velocidade, ganhou mais peso e uma orquestra sampleada de fundo.

Para muitos fãs da fase Veland, esse é considerado o ápice do Tristania, onde as melodias se encaixam muito bem com as duas linhas vocais, a gutural e a lírica. Ainda sim possui momentos mais “limpos”, criando uma mistura que não soa como uma colcha de retalhos, onde os elementos extras apenas dão um “enfeite” ao som.

Destaques: Aphelion, Opus Relinque, Angina. 


Type O Negative - October Rust

E para terminar, um dos responsáveis pela propagação do gothic metal, juntamente com Paradise Lost e Theatre of Tragedy. Falar no estilo e não comentar sobre o Type é esquecer que eles ajudaram a cunhar a sonoridade carregada e o humor negro.

Há uma certa controvérsia na banda realmente pertencer ao estilo, mas é fato que, mesmo assim, ela é importante. Até mesmo grupos ligados a cena gótica, como o Seraphim Shock, tem influência destes americanos e até mesmo pintarem alguns covers “góticos” feitos por outros artistas.

É com o October Rust que a banda se firma, dando continuação ao disco Bloody Kisses, deixando de lado a sonoridade doom metal e abraçando algo diferente, novo. O disco conta com diversos clássicos, desses que marcam quem ouve, tornando esse disco, junto com seu antecessor, pérolas da banda.

Destaques: Love You to Death, My Girlfriend's Girlfriend, Die with Me.


Menções Honrosas: Beseech – Drama, Charon – Downhearted, Fragile Hollow - Effete Mind, Dreams of Sanity – Masquerade, Advocatus Diaboli - Sterbend durch die Sonne, Ashes You Leave – Fire, Mortal Love - I Have Lost..., My Sixth Shadow - Lovefading Innocence, EverEve – Enetics, Forgive-Me-Not - Suicide Service, On Thorns I Lay - Future Narcotic, Ram-Zet – Intra.

 
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