Review: Revolution Renaissance - Age of Aquarius



Nova banda, nova era, novos ares. Estranho pensar nisso somente no segundo disco de uma banda, mas como o antecessor, New Era, foi produzido com artistas convidados e até houve uma versão gravada pelo próprio Stratovarius, esse é, ideologicamente, o disco de estréia do Revolution Renaissance. Disco que marca, conceitual e praticamente, uma nova era na carreira de Timo Tolkki.
Ao longo do álbum percebe-se que o título indica também a temática de algumas músicas, sobre a tão aguardada, falada ou até temida Era de Aquário, evento astrológico que afetaria toda a humanidade, levando-nos a uma época de paz e bem-aventuranças. Deixando isso de lado, vamos às músicas. Age of Aquarius tem um bom trabalho da banda toda. Não se percebe dificuldade por parte do vocalista Gus Monsanto e nem falta de introsamento por conta deste ser o primeiro registro desta formação. O ritmo da música é interessante, no formato exato para execução em rádios por conta de sua divisão ortodoxa em intro - verso - refrão -verso - solo - refrão. Tem um solo não comprometedor. Um início meio tímido. Sins of my Beloved aparece mostrando uma certa coesão do disco, já que, se ouvido o disco na sequência, parece que faz parte da faixa anterior. É uma faixa mediana, não empolga muito mas não compromete. Ixion's Wheel tem, ao contrário das duas primeiras, tem uma introdução orquestral, uma letra curta e não mostra nada mais de diferente. Agora tem algo diferente, de fato. Pra começar, parece que há um dueto entre vocalistas em Behind the Mask. Algum desatento poderia até supor que seria uma participação especial do vocalista do Sonata Arctica, Toni Kakko, em colaboração com outro vocalista, já que nenhum vocal se assemelha ao que foi feito antes por Monsanto. O clima da música é diferente e até destoa do conjunto, o que pode ser interpretado como um erro até primário ou como grande ideia. Difícil saber. Ghost of Fallen Grace retoma o curso do início do disco e é bem sem graça. Tem toda aquela pompa e cerimônia mas não entrega nada além de uma música sem inspiração. Heart of it All fala sobre uma força de união da humanidade. Ao começar a ouvir me dá a impressão que essa força se chama sono. Somente aos 2:20 é que a música engrena. Bem, mais ou menos isso. Apesar dos pesares, é possível ouví-la até o fim sem (muitos) arrependimentos. So She Wears Black é morosa, entranha e longa. Kyrie eleison
significa senhor, tende piedade. A música é uma oração. Sabendo isso ajuda a entender o porque aparece um coral de crianças no começo da música. Como música, tirando a introdução, é até interessante. Quanto a letra, vai de cada um e não cabe fazer julgamento dela aqui. Teria Timo Tolkki se convertido como alguns outros famosos músicos? Bem, vamos a última faixa do disco,
Into the Future. Ela retoma o tema do disco e da faixa-título, sobre uma nova era sem dor e sofrimento, todo aquele papo sobre a Era de Aquário. É uma boa música e encerra a audição de forma digna. Esse recomeço de Timo Tolkki se revela tão difícil quanto o fim de sua participação no Stratovarius, dois integrantes já foram substituídos por "diferenças musicais" e, se ele pretende fazer algo que faça ao menos sombra do que já fez no seu antigo grupo ou ao menos ao que seus antigos companheiros farão com o Stratovarius, precisa rapidamente melhorar porque Age of Aquarius fica aquém das expectativas.

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