Review: AYA HIRANO - Speed☆Star



Primeiramente é bem interessante citar que esse é o primeiro texto ligado ao Music Ground acerca de um artista que não faz parte dos antigos estilos aceitos por lá, fato esse que me alegra muito por poder ter essa oportunidade e esse "desafio".
Esse é o segundo disco da dubladora japonesa Aya Hirano, que fez muita fama ao dar voz a personagens como Haruhi Suzumiya e Misa Amane. No primeiro álbum, Riot Girl, havia um apelo maior ao Rock. Nesta feita os estilos estão mais variados.
A primeira música é Stereotype, canção com alguns samplers de voz da cantora e programações eletrônicas feitas por Nishi-Ken, que toca teclados e faz esse tipo de programações nas músicas da seiÿu. Super Driver, novo tema de abertura do anime Suzumiya Haruhi no Yuutsu, vem em seguida e tem o estilo similar aos trabalhos anteriores da cantora e não é bem algo inédito já que foi lançada como single anteriormente. A próxima é Sing a Song!, lançada anteriormente também no single Set Me Free/Sing a Song!. Esta tem uma levada um pouco mais voltada ao ska mas sem abandonar as guitarras Rock.
Agora temos, de fato, algo novo. A canção Oh! My Darlin' mostra a mudança mais acentuada no rumo musical da cantora, mais próxima do Pop propriamente dito. Kiss♥Me também é inédita e tem uma levada mais rápida que a antecessora. Seguindo há Mizutamari, uma balada rápida bem executada. Ano Hana no Youni diminui o ritmo e tem belas passagens de piano.
De volta às músicas já conhecidas, Aishite! é a mais diferente do disco, com forte apelo ska e já havia sido lançada no single Super Driver. Voxx tem um som de sintetizadores mais presente, tanto nas guitarras como nos teclados e vocais. Set Me Free é uma das mais rápidas e nem parece ser J-Pop, só os teclados e sintetizadores que entregam o estilo verdadeiro do artista. LocK-oN é mais uma inédita e mostra o convívio "pacífico" entre vozes e instrumentos sintetizados e as guitarras.
A faixa-título e primeiro single do disco é a penúltima da playlist e retoma o ar rocker do disco anterior, na medida certa para emplacar altas posições nas paradas de sucesso. Agora algo que causa estranheza: Unnamed World é de 2008, foi um dos primeiros singles da cantora desvinculado do trabalho como dubladora, então porque não fora lançado no disco anterior ou simplesmente não incluído como algumas outras canções da mesma época? Este questionamento é só por conta deste detalhe, pois a faixa não perde em qualidade das demais e encerra de forma digna este disco.
Algumas conclusões são tiradas deste disco, como o fato de Aya Hirano estar no caminho certo de se tornar uma das grandes estrelas da música Pop japonesa, como também não ter o problema que assola o Ocidente, que é a síndrome do segundo disco, fato que assola a carreira de várias bandas que só conseguem emplacar o disco de estréia, tem um fiasco no lançamento seguinte e são lançados ao ostracismo e a melhor conclusão, que no Oriente o Pop tende a não ser sinônimo de música descartável, principalmente por agregar elementos diferentes de forma não forçada.

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