Podcast Musicground #35 - Especial "Baile da Saudade"

 

Certo galerinha, esse podcast é dedicado àqueles que têm saudades dos anos 80 e de tudo que foi produzido nele. Sempre que rolar aquela saudade, lembre-se daquelas roupas, dos cabelos e das modas daquele período e pense seriamente se vale a pena voltar para aquele período.

Autor: Fallen Archangel
Setlist
Bauhaus - Bela Lugosi's Dead
The Sisters of Mercy - Walk Away
The Mission Uk - Severina
Clan Of Xymox - Michelle
Front 242 - Headhunter
Nitzer Ebb - Join In The Chant
Billy Idol - Rebel yell
Sigue Sigue Sputnik - 21st Century Boy
Europe - The final countdown
Dokken - Breaking the chains
Loudness - Heavy Chains 
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Review: WITHIN TEMPTATION - An Acoustic Night At The Theatre

 

Álbuns do tipo "Unplugged" são sempre um risco e isso porque os fãs, na maior parte das vezes, gostam de ouvir suas músicas preferidas como estão no cd de estúdio e não abrem mão disso.
Em "An Acoustic Night At The Theatre" o Within Temptation volta à ideia de "dar uma nova cara" para seus grandes sucessos. Diferente do especial cd/dvd " Black Symphony" de 2008, neste trabalho mais recente a banda apresenta uma proposta contrária. Se no "Black Symphony" a idéia era músicas mais "encorpadas" com um tom orquestral grandioso, em "An Acoustic Night..." mostram algo mais modesto e simples, com arranjos delicados e, é claro, tudo acústico.
Um dos pontos positivos de  "An Acoustic Night..." em relação ao seu sucessor é a adaptação mais orgânica das músicas. Nada é forçado. Mesmo as músicas mais agitadas ficam naturais dentro da nova versão. "Stand My Ground", por exemplo, mantém sua força com um bom trabalho de piano e violão. Em "The Cross" a banda mantém o vocal característico e reforça a música com percursão marcante e violinos ao fundo.
É claro que algumas coisas são bem previsíveis. As músicas naturalmente mais serenas se dão melhor e ficam ainda mais harmoniosas. No caso de "Somewhere" (que conta com a participação de Anneke van Giersbergen) mais elementos são adicionados a versão original como um "coral" de violinos, percursão bem presente e uma segunda voz que enriquece muito o trabalho. "Memories" não muda muito e ganha vida nova com com muito violão e mais piano.
A útilma faixa é uma música nova. " Utopia", parceria com o cantor Chris Jones, mostra uma mistura da tradicional levada orquestral da banda com um country quase pop. Tal mescla, devemos acrescentar, não fica de todo ruim.
A proposta é bem executada, mais do que a tentativa anterior. O álbum possui uma unidade difícil de conseguir em trabalhos com esta idéia de bandas do estilo.
Se você é um dos fãs que torcem o nariz para versões novas e decidiu que não vai ouvir esse cd, é melhor tomar cuidado porque pode se arrepender.

Podcast Musicground #34 - Especial Música Celta


Podcast do Renan Monteiro dedicado a músicas celtas. É um podcast bem interessante, uma vez que mostra um ramo da música que é pouco conhecido, exceto por um lado mais new age.

Autor: Renan Monteiro

Órla Fallon - Cad É Sin Don Te Sin
Hayley Westenra - Scarborough Fair
Enya - Book of Days
David Arkenstone - Enchantment
Celtic Woman - You Raise Me Up
Tapestry - Moya Brennan
Méav - Sí Do Mhaimeo I
Carrickfergus - Lisa Kelly
He Moved Through Th Fair
Clannad - I will Find You 

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IDM - Intelligent Dance Music

Existe uma coisa muito difícil de se definir, que são os rótulos de música. Quando chegamos na parte eletrônica, a classificação se torna algo complexo, uma vez que nem sempre a forma como a música é concebida (ou seja, a parte do ritmo e da afinação, como acontece com o heavy metal) determina o que ela, de fato, é. Tanto que mesmo o rótulo “industrial” abrange muito mais um grande conjunto de bandas de um determinado período que, necessariamente, um estilo musical definido, com regras e padrões imutáveis. Talvez seja por isso que hoje se pode dizer que, exceto pelo post-rock, tudo que veio do rock e continua, atualmente, é engessado, sem grandes inovações.

Quando falamos de música eletrônica, diversos gêneros surgem, desde os mais conhecidos, como o Techno, o Trance, o Drum’n’Bass, o Dub e até mesmo a própria música eletrônica (que em inglês chama-se simplesmente eletronica) até os mais experimentais, como a música concreta, o dark ambient, o eletrônico abstrato, o noise, o ebm etc. Talvez, dentre os estilos populares e não populares, o que mais tem se mostrado evolutivo e técnico é, sem dúvidas, a Intelligent Dance Music, ou simplesmente IDM.

Esse estilo vai surgir no final dos anos 80 e começo dos anos 90, onde passamos a ter uma cena eletrônica dentro das raves britânicas que, por conta de diversas gravadoras, passou a abarcar, nesse período, diversos grupos experimentais. Eram artistas cuja sonoridade remetia ao Techno e ao Dance, mas que fugiam de uma sonoridade repetitiva e flertavam com outras vertentes eletrônicas. A gravadora Warp Records lançou em 1992 o disco Artificial Intelligence, que traria artistas importantes do estilo, como Aphex Twin (sob o nome de The Dice Man), Autechre e o Speed J, entre outros. O que diferenciava esse disco (o primeiro de uma série) dos outros lançamentos de Techno e Dance eram as batidas, o alto grau de experimentalismo e uma certa atitude descompromissada com fazer “música para rave”.

O rótulo IDM veio a surgir dentro da lista da Usenet, quando cunharam, primeiramente, no ano de 1991, o termo Intelligent Techno para o disco The Snow, do Coil. Era um disco com fortes traços de acid house, mesclados com o industrial. Dois anos depois surge a mesma frase se referindo ao disco do Black Dog chamado Bytes. Nesse mesmo ano surge uma lista que se chamava the Intelligent Dance Music list ou IDM List.

O objetivo dessa lista era agrupar e discutir sobre a música eletrônica experimental que surgia nessa época, com grupos fazendo diversas coisas que se assemelhavam em alguns poucos pontos. Nela estão incluídos artistas como Future Sound of London, Bjork, Orbital, Plastikman, Autechre etc. O nome “intelligent” veio por conta do Artificial Intelligence e o criador da lista, Alan Perry, disse ser o mais próximo que ele podia associar os grupos e artistas em termos de sonoridade.

Musicalmente falando o IDM é algo complexo demais. A despeito do nome “dance”, nem sempre as músicas são feitas para dançar. Muitas, inclusive, não possuem batidas características, tendo somente as texturas sonoras acompanhadas de uma percussão marcada por contratempos. Talvez o mais simples para definir o IDM seria uma versão experimental do Techno, onde se mesclam industrial (que, indiretamente, contribui na sonoridade), hip hop, música ambiente e até mesmo jazz. Pode-se notar que o som de todos os artistas que incorporam esse gênero tende a um grau de complexidade muito grande, abusando de técnicas eruditas e até mesmo indo aos limites possíveis do som. Não existe também a predominância de um instrumento sobre os outros, todos os instrumentos sintetizados são bem marcados em todas as músicas, mesmo aquelas que são feitas com texturas eletrônicas complexas.
Os artistas que pertencem a essa classificação não a aceitam, uma vez que é uma tentativa de “nomear e esquematizar” algo que, na prática, não é possível. Mesmo os discos do Aphex Twin tem uma diferença muito gritante entre um e outro, não deixando muita margem para dar as “características” do gênero.
Hoje temos artistas experimentais que, vez por outra, flertam com a música dance inteligente, como o Klyxn, The Last Gambit, Lucidstatic, Ochre, Index All, que vão acrescentar o industrial, o glitch (derivado do próprio IDM), o downtempo, o electro, o trip-hop e outras coisas, tornando o gênero ainda mais rico.

Talvez hoje não se possa falar que exista ou que existiu o IDM: mas é certo dizer que ele ainda se mantém na obscuridade pela dificuldade que ele mesmo gera para as pessoas entenderem que é possível fazer uma música-arte dentro da cena eletrônica.

Abaixo alguns vídeos para conhecer o IDM.

Podcast Musicground #33 - Especial Bandas Que Cantam Em Português

 

A despeito de seu ser ou não nacionalista, é importante para qualquer povo valorizar a própria língua. Mesmo a língua portuguesa não sendo exatamente a nossa língua nativa, é a língua de nosso povo e a que carrega, com todas as suas influências de idiomas indígenas, africanos, pelas outras línguas trazidas pelos imigrantes etc.
Esse é o meu tributo a algo que não é somente nosso, mas de vários povos, temos nesse programa tanto bandas de Portugal quanto daqui.

Autor: Fallen Archangel
Setlist
Azul Limão - Vingança
Baranga - Whisky do Diabo
Bizarra Locomotiva - O Meu Anjo
Gaiteiros de Lisboa - Trangulo-Mangulo
Sangre Cavallum - Chin Glin Din
Pecadores - Macumbaria
Gangrena Gasosa - Benzer Até Morrer
Imperial - A Grande Batalha
Mundo Cão - Caixão da Razão
Mão Morta - Cães de Crómio
Espelho Mau - Que fazes de mim

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Review: PECADORES - Rogai Por Nós, Pecadores!


 Como eles mesmos disseram, depois de anos sem pecar, está na hora de pecar de novo. E é com esse lema que o disco Rogai por nós, Pecadores nos mostra um ebm diferente e, ao mesmo tempo, muito cativante.
A primeira mudança é o uso da percussão típica usada em ritos de macumba, que aparecia no disco anterior, o 10% for Jesus. Aqui ela aparece de forma muito mais forte, com músicas cheias delas, misturadas com batidas eletrônicas e letras extremaente sarcásticas, que atacam diretamente os neopentecostais. Uma diferença na postura e nas letras do grupo é que elas, do contrário do que rola no Black Metal, não se preocupa em ofender diretamente os membros dessas religiões, mas usa de altas doses de sarcasmo e ironia, para mostrar uma espécie de denúncia sobre os abusos dos pastores.

Outro detalhe é o uso de samplers retirados de cultos, sobretudo programas como os da Igreja Universal, por exemplo. Essas falas são misturadas na música, ajudando a aumentar o sarcasmo das letras.
Falando em músicas, temos como destaques as músicas “Deus É Fiel?”( que conta de forma irônica a queda do teto da Igreja Renascer), “Quem Não Morre Não Vê Deus”, “Encosto” e “Zé do Caixão (que faz homenagem ao grande mestre do terror brasileiro).

Numa edição especial deste álbum temos um ep com alguns remixes (que podem parecer duvidosos para algumas pessoas) e músicas que não foram para o disco.
Talvez se você quiser alguma coisa diferente para ouvir, pegue este álbum e vá até a ultima faixa. Possivelmente você dará algumas risadas com o humor negro do grupo, que tem de tudo para se tornar, a exemplo do Aghast View, um dos expoentes do EBM em nossas terras.

Krautrock

Um estilo tipicamente alemão, uma forma de música ligada à sociedade e, por que não, precursores do avant-garde na música pop. Essas são as características que permeiam o Krautrock, que rompia com as barreiras da música tradicional.

Na década de 60 aconteciam na Alemanha diversos movimento de revolta contra a situação de um Estado devastado pela Segunda Guerra Mundial e que contrastava com a cena musical. As pessoas escutavam ou música erudita ou um ritmo conhecido como Schlager. Ele era calcado em músicas extremamente pop com temáticas que falavam de amor, relacionamentos e toda uma série de assuntos superficiais e fúteis. Teve como grandes representantes Roy Black, Lale Andersen, Freddy Quinn, Peter Alexander, Heintje, Peggy March, Udo Jürgens, Reinhard Mey, Nana Mouskouri, Rex Gildo, Heino e Katja Ebstein. Era muito popular e não existia somente na Alemanha, mas em países como Finlândia, Suécia, Aústria, Iugoslávia e Bélgica.

Abaixo um clipe do Heino, grande nome do Schlager.

Essa superficialidade fazia com que jovens não se contentassem somente com esse panorama. Então deveriam criar algo novo, algo que pudesse refletir a realidade que eles viviam e pudesse sair desse superficialismo todo. Mas ao mesmo tempo não queriam soar como os ingleses e os norte-americanos, queriam uma música deles. Não iriam fazer que nem o Blues e o Rock, mas sim procurar um caminho próprio. Então temos aí o embrião do krautrock.
O uso dos sintetizadores, aliado a influências de diversos estilos, sobretudo da música clássica experimental e do rock progressivo fizeram um grande sucesso entre a juventude intelectual alemã, cansada de schlager e de rock inglês. Instigados pela contracultura, esses músicos queriam experimentar de todas as formas possíveis, usando barulhos, texturas, drones, música erudita, música popular e amarrar tudo de uma só vez.

Em 1968 teve o Internationale Essener Songtage, produzido pelo jornalista Rolf-Ulrich Kaiser, abriu espaço para as bandas de krautrock, sendo posteriormente conhecido como o “Woodstock Alemão”. Grupos como Guru-Guru, Tangerine Dream, Xhol Caravan e Amon Düül puderam tocar para 40 mil pessoas, junto de artistas como Frank Zappa. Foi uma forma da música produzida na Alemanha ficar conhecida no resto do continente.

O nome krautrock veio com as resenhas das revistas inglesas. Kraut era a forma depreciativa com que os ingleses se referiam aos alemães, referência à palavra sauerkraut, que significa “chucrute”. Há também uma versão que alega a origem do nome ao John Peel, famoso radialista, crítico musical e jornalista inglês. Ele foi o responsável por trazer uma música mais eclética às rádios inglesas, contribuindo muito com a evolução da cena pop. Esse radialista teria se deparado com o disco Psychedelic Underground (1969), do Amon Düül, que continha a música "Mama Düül und Ihre Sauerkrautband spielt auf". Seja qual for a origem, era um meio depreciativo de se referir aquele som atmosférico, cheio de ruídos ambientes, sons retirados de objetos etc.

Um grande nome que começou no estilo foi o do Kraftwerk. Eram estudantes de música clássica que começavam a mudar a maneira de se fazer música, com predileção de sons sintetizados. Eles, juntamente com o Tangerine Dream, levaram o legado do “rock alemão” ao resto do continente. Na década de 70 essas bandas e outras do estilo ganharam o mundo, onde os discos compartilhavam as mesmas prateleiras dos grupos de rock progressivo. Era talvez o estilo que chegasse mais próximo do que se produzia na Alemanha. Ainda sim era muito distante do rock, pois nenhum músico dessa leva queria tocar rock.

Musicalmente o kraut seria algo que une rock progressivo com muito experimentalismo, onde o instrumento principal não é a guitarra, mas sim o sintetizador. Leva muito da música eletrônica, do jazz e de uma série de elementos que podem até incluir música indiana. Seu direcionamento é muito mais psicodélico, com sonoridades que abusam de um ar mais ambiente e espacial.
Apesar de ter acabado, ainda sim temos reflexos na música dentro do industrial, do post-punk (esses extremamente influenciados pelo flerte entre o rock e o eletrônico), o post-rock, o new age e alguns outros estilos experimentais. O Radiohead fez um cover de um dos grandes nomes do estilo, o Can, da música “Thief”. É ainda uma forma de fazer música que tem muito a ensinar as pessoas, mostrando que sempre é possível redescobrir e romper limites.

Podcast #32 - Off Bands



Podcast feito especialmente para lembrar e homenagear bandas que, apesar de muito importantes, aparecem bem pouco nos espaços do Music Ground. Dá até para cantar junto... Aproveitem!


Autora: Triana*

 Setlist
Alice in Chains - Get Born Again
Radiohead - Fake Plastic Trees
Oasis - The Importance of being idle
Aerosmith - Janie's Got A Gun
Smashing Pumpkins - Rhinoceros
Silverchair - The Greatest View
Garbage - I Think I'm Paranoid
Muse - Take a Bow
Cardigans - My Favourite Game
Sonic Youth - Silver Rocket
Deepfield - Fall Apart
Cramberries - Zombie

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Review: THE BIRTHDAY MASSACRE - Show And Tell

 

Quando se trata de álbuns ao vivo normalmente já temos em mente pelo menos uma idéia de como soará, ainda mais se conhecemos bem a banda em questão.Show and Tell mostra um The Birthday Massacre um pouco diferente do que estamos acostumados, mas fazem tudo sem perder características importantes do seu trabalho.

Logo no início temos uma introdução que deixa uma mensagem muito clara: "Não deixaremos de lado nossos característicos sons eletrônicos". De fato eles não faltam em nenhum momento e, de um modo geral, são muito fiéis aos que ouvimos nos álbuns de estúdio. Assim como a parte eletrônica não muda, o instrumental da banda não perde em nada para as gravações de estúdio, muito pelo contrário. Na maior parte das faixas o fato de ser ao vivo traz maior peso, principalmente nas gruitarras, e torna o álbum mais interessante e diferente do que estamos acostumados.

A maior mudança neste cd fica sem dúvida por conta dos vocais. Notamos uma diferença muito grande, principalmente nas músicas mais antigas como "Video Kid" já que o vocal etéreo muito comum do início da banda é substuído por um mais agressivo.  Temos também um grande uso de backing vocal, distorção de
voz e os conhecidos sussuros da vocalista Chibi, tudo isso para fazer os fãs se sentirem em casa.

Como a maioria dos álbuns ao vivo, Show and Tell é mais para quem já conhece a banda e por isso é capaz de aproveitar as mudanças que este trabalho apresenta. Para quem nunca ouviu algo deles, fica a sugestão: conheça antes os trabalhos anteriores e aí sim escute este show e aproveite.

Resenha: SAMSAS TRAUM - 13 Jahre Lang Dagegen - Anti Bis zum Tod


Dois anos depois do lançamento do disco “Wenn schwarzer Regen”, o que esperar desse disco de um trabalho que passou por diversas sonoridades e nunca se prendeu a nenhuma em especial, indo do Black metal ao darkwave?

Primeiro, esse é um disco comemorativo de treze anos de Samsas Traum (como foi lançado em 2009, então tenha uma ideia de quando começaram). Logo na primeira faixa, a Lichtbestäubt, é possível ter uma noção de que o disco será pancada na orelha, com grandes marcas de thrash e de death metal.

Ao longo do disco se sente um lado mais heavy tradicional e até mesmo hardrock, de um jeito moderno e saudosista ao mesmo tempo. Talvez você se lembre de algum grupo das antigas ao ouvir este disco. A faixa Peng - Du Bist Tot tem muito bumbo duplo, muita velocidade e peso, que certamente irão agradar mesmo quem não é fã da banda.

Um dos grandes camaleões do metal, o Samsas Traum é uma boa pedida agora e sempre. Quem conhece trabalhos anteriores talvez sinta falta da parte eletrônica ou de algo mais sombrio. Mas se você não se importa com nada disso, escute. Não irá se arrepender nem um pouco.

SILENTIUM

A banda finlandesa de gothic metal Silentium (ou Silentivm) surgiu em 1995 a partir do fim de outra banda. Quando a Funeral (death/gothic metal) , não confundir com a banda norueguesa de mesmo nome) acabou, o tecladista Sami Boman e o vocalista Matti Aikio criaram a banda que no começo contou com Jani Laaksonen (violino), Toni Lahtinen(guitarra), Juha Lehtioksa (guitarra) e Jari Ojala(bateria).

O primeiro trabalho saiu já no ano de 1996 e foi a demo Illacrimó. Em 1998 a banda lança o EP Caméne com participação da vocalista Tiina Lehvonen que, após este trabalho, torna-se integrante fixa na banda.
O lançamento das demos, principalmente Caméne, chama atenção do público na Finlândia e a banda acaba assinando contrato com uma gravadora iniciante, lançando em 1999 seu primeiro álbum, Infinita Plango Vulnera. Além de ser um passo inportante para a banda, o álbum apresenta Janne Ojala, novo baterista do grupo. Em 2001 Altum é lançado e novamente a banda tem uma boa resposta do público, ficando com sua agenda de shows cada vez mais cheia. 

Antes da gravação do próximo álbum, Tiina Lehvonen deixa a banda e é substituida por W Lilith para este cd. Sufferion sai em 2003 e é o cd mais trabalhando do grupo com coral e participação e produção de Tuomas Holopainen (Nightwish). Apesar de toda a produção do álbum, o público fica dividido com ele, mas isso não impede a banda de crescer cada vez mais com shows ao redos do país. 

Após o grande começo, o Silentium sofre um grande abalo em 2004 quando o baterista Janne Ojala, o violinista Jani Laaksonen e a vocalista Anna Ilveskoski, que havia acabado de ganhar o lugar na banda, saem ao mesmo tempo deixando o grupo sem rumo.

A banda não fica parada por muito tempo. No mesmo ano o baterista original, Jari Ojala, decide voltar e chega também a vocalista Riina Rinkinen. Após uma troca de gravadora e a substituição do violino pelo violoncelo de  Elias Kahila, o grupo lança seu quarto álbum. Seducia é o trabalho mais conhecido da banda e levou o Silentium para o mundo sendo lançado em diversos países ao mesmo tempo. A banda passou a fazer shows fora da Finlândia e tocou em turnês com bandas como Amorphis e HIM. 

Depois de um ano somente de shows,  Amortean é lançado em 2008 e neste cd percebemos a influência do progressivo, que sempre existiu, bem presente nas faixas, tanto no instrumental quanto nos vocais.

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